A mãe deste santo deveu seu nascimento a uma
peregrinação realizada a Saint-Nicolas-de-Myre. No batismo, o menino recebeu o
nome de Nicolau em agradecimento a São Nicolau. Seu patrono continuou a
protegê-lo, e logo o menino tornou-se sua cópia na santidade, jejuando três
vezes por semana desde os sete anos de idade, amando os pobres com um afeto
inacreditável.
Aos onze anos, Nicolau foi recebido na Ordem dos
Eremitas de Santo Agostinho, onde recebeu a admiração de todos pela modéstia de
seu comportamento, por sua perfeita obediência, seu humor doce e sempre
constante. Aos quinze anos, usava correntes, cintos de ferro e cilícios
(prática usual à época – N.T.); jejuava quatro vezes por semana, comendo pouco,
dormindo no chão ou sobre uma esteira.
Conta-se sobre inúmeras visões de almas do
purgatório que lhe deviam sua libertação. Após ter sucessivamente construído
diversos conventos, o fervoroso religioso foi enviado a Tolentino, onde passou
os trinta últimos anos de sua vida. Lá ele catequisava os ignorantes na fé,
pregava a Palavra de Deus, confessava os pecadores; os corações mais rebeldes
se rendiam às suas exortações, abrasando os mais indiferentes com o fogo do
Amor divino; aquebrantava os mais obstinados, e sua doçura trazia os mais
desesperados de volta à via da salvação. A salvação dos outros não o fazia
negligenciar a sua própria. Não se sabia dizer quando ele terminava suas
orações, pois sempre o encontravam absorto em Deus; ele amava sobretudo meditar
os sofrimentos de Jesus Cristo.
Nicolau era o terror do demônio, que frequentemente
vinha perturbar sua oração, imitando diante dele os gritos de todos os animais,
sacudindo o convento, fazendo sua cela tremer. Um dia, o espírito das trevas se
aproximou dele sobe a forma de um enorme pássaro que apagou, derrubou e quebrou
a lamparina com o movimento de suas asas; Nicolau pegou os cacos e colou todos
tão bem que não restou traço algum do acidente. O demônio o espancou a ponto de
deixa-lo à morte; por causa dos golpes, Nicolau acabou ficando manco pelo resto
da vida. Partilhava com os pobres o pão que lhe davam em suas refeições e, um
dia, seu Superior lhe perguntou o que levava consigo, ao que Nicolau respondeu:
“São flores”, e mostrou-lhe os pão transformado em rosas. Durante os últimos
seis meses de sua vida, os Anjos desciam todas as noites em sua cela e o
alegravam com seus cânticos.
Em 10 de setembro de 1305, no Convento de Santo
Agostinho de Tolentino, Nicolau deixa a morada terrestre para ir ao encontro de
Deus.
Tradução e Adaptação:
Gisèle Pimentel
Fontes:
http://levangileauquotidien.org/main.php?language=FR&module=saintfeast&localdate=20170910&id=6532&fd=0
http://levangileauquotidien.org/zoom_img.php?frame=32927&language=FR&img=&sz=full
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