
Aos onze anos, Nicolau foi recebido na Ordem dos
Eremitas de Santo Agostinho, onde recebeu a admiração de todos pela modéstia de
seu comportamento, por sua perfeita obediência, seu humor doce e sempre
constante. Aos quinze anos, usava correntes, cintos de ferro e cilícios
(prática usual à época – N.T.); jejuava quatro vezes por semana, comendo pouco,
dormindo no chão ou sobre uma esteira.
Conta-se sobre inúmeras visões de almas do
purgatório que lhe deviam sua libertação. Após ter sucessivamente construído
diversos conventos, o fervoroso religioso foi enviado a Tolentino, onde passou
os trinta últimos anos de sua vida. Lá ele catequisava os ignorantes na fé,
pregava a Palavra de Deus, confessava os pecadores; os corações mais rebeldes
se rendiam às suas exortações, abrasando os mais indiferentes com o fogo do
Amor divino; aquebrantava os mais obstinados, e sua doçura trazia os mais
desesperados de volta à via da salvação. A salvação dos outros não o fazia
negligenciar a sua própria. Não se sabia dizer quando ele terminava suas
orações, pois sempre o encontravam absorto em Deus; ele amava sobretudo meditar
os sofrimentos de Jesus Cristo.
Nicolau era o terror do demônio, que frequentemente
vinha perturbar sua oração, imitando diante dele os gritos de todos os animais,
sacudindo o convento, fazendo sua cela tremer. Um dia, o espírito das trevas se
aproximou dele sobe a forma de um enorme pássaro que apagou, derrubou e quebrou
a lamparina com o movimento de suas asas; Nicolau pegou os cacos e colou todos
tão bem que não restou traço algum do acidente. O demônio o espancou a ponto de
deixa-lo à morte; por causa dos golpes, Nicolau acabou ficando manco pelo resto
da vida. Partilhava com os pobres o pão que lhe davam em suas refeições e, um
dia, seu Superior lhe perguntou o que levava consigo, ao que Nicolau respondeu:
“São flores”, e mostrou-lhe os pão transformado em rosas. Durante os últimos
seis meses de sua vida, os Anjos desciam todas as noites em sua cela e o
alegravam com seus cânticos.
Em 10 de setembro de 1305, no Convento de Santo
Agostinho de Tolentino, Nicolau deixa a morada terrestre para ir ao encontro de
Deus.
Tradução e Adaptação:
Gisèle Pimentel
Fontes:
http://levangileauquotidien.org/main.php?language=FR&module=saintfeast&localdate=20170910&id=6532&fd=0
http://levangileauquotidien.org/zoom_img.php?frame=32927&language=FR&img=&sz=full
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