São Lucas Evangelista, patrono dos pintores e
médicos, é o autor do terceiro Livro dos Evangelhos, que tem o seu nome, e dos
Atos dos Apóstolos. Ele era grego de Antioquia (atual Turquia). A
informação de que seria médico é confirmada por uma passagem em Colossenses
(4:14), na qual São Paulo descreve Lucas como “amado médico”.
Um convertido na nova fé, ele acompanhou São Paulo na sua segunda jornada
missionária, por volta do ano 51 d.C., permanecendo seis anos em Filipos, na
Grécia, e participando da terceira jornada com Paulo, que incluiu o famoso
naufrágio na costa de Malta.
Permaneceu com Paulo durante sua prisão. Paulo
escreveu três vezes sobre Lucas no Novo Testamento: em Colossenses, em Timóteo
e em Filêmon. É possível deduzir a presença de Lucas com Paulo nas
jornadas missionárias pelas várias passagens nos “Atos dos Apóstolos” (16:10-17;
20:5-21:18; 27:1-28:16). Em 66 d.C., Lucas voltou para a Grécia, onde se
acredita que veio a falecer com a idade de 84 anos “repleto do Espírito
Santo”. Vários “Atos” relatam que foi martirizado, embora
vários escolares acreditem que estas seriam lendas não confiáveis. Acredita-se
que ele visitado a Virgem Maria e que teria pintado vários quadros da Mãe de
Deus, em especial o lindo quadro conhecido como “Nossa Senhora do Perpétuo Socorro”.
Seu trabalho estaria preservado em Roma na “Santa Maria Magiore”,
embora as datas das pinturas sejam posteriores aos tempos apostólicos. O seu Evangelho
foi escrito para os gentios.
Um dos aspectos mais interessantes de Lucas é
que frequentemente alternava a história de um homem com a de uma mulher. Por
exemplo, a cura do endemoniado (Lc 4:31-37), seguida da cura da sogra de
Pedro (4:39-39); o escravo do centurião é curado (7:1-11) e, em
seguida, vem a cura do filho da viúva de Nain; o Geraseno endemoninhado é
curado (8:26-39), seguido da cura da filha de Jairo e da hemorroíssa (8:40-56).
Lucas também menciona as mulheres que
assistiam Jesus no seu ministério (8:1-3) Assim, diferentemente de todos
os outros evangelistas, São Lucas descreve um Jesus que se preocupa com o
cuidado e a salvação das mulheres. Talvez, por isso, provavelmente Lucas teria
aprendido muito a respeito de Jesus com a Virgem Maria. Somente ele e Mateus
descrevem elementos obscuros ou escondidos da vida privada de Jesus, antes de
Seu ministério público.
Ainda ao mencionar a sogra de Pedro, ele deixa
claro e de maneira natural que Pedro era casado.
Lucas enfatiza a misericórdia e o amor de Deus para com a humanidade, sendo o único que descreve a parábola da ovelha desgarrada, do Bom Samaritano, do filho pródigo, de Lázaro. Ele é também o único que descreve o perdão de Jesus a Maria Madalena (Lc 7:47), a promessa ao bom ladrão e sua oração por aqueles que O mataram. Ele é também o único evangelista a registrar a “Ave Maria”, o “Magnificat”, o “Benedictus”, e o “Nunc Dimittis” que são todos usados na Liturgia das Horas (orações da noite, tarde e manhã). Lucas enfatiza o chamado à oração, à pobreza, à pureza de coração, o que teria um apelo específico aos gentios.
Lucas enfatiza a misericórdia e o amor de Deus para com a humanidade, sendo o único que descreve a parábola da ovelha desgarrada, do Bom Samaritano, do filho pródigo, de Lázaro. Ele é também o único que descreve o perdão de Jesus a Maria Madalena (Lc 7:47), a promessa ao bom ladrão e sua oração por aqueles que O mataram. Ele é também o único evangelista a registrar a “Ave Maria”, o “Magnificat”, o “Benedictus”, e o “Nunc Dimittis” que são todos usados na Liturgia das Horas (orações da noite, tarde e manhã). Lucas enfatiza o chamado à oração, à pobreza, à pureza de coração, o que teria um apelo específico aos gentios.
Lucas escreveu os “Atos dos Apóstolos”, também
conhecido com “Atos do Espírito Santo”. É uma continuação do que conta
em seu Evangelho, embora talvez os Atos sejam anteriores ao Evangelho. De
acordo com Santo Eusébio e São Jerônimo, os Atos foram escritos durante a
prisão de São Paulo, embora Santo Irineu pensasse que tinham sido escritos após
a morte de São Paulo, lá pelo ano 66 d.C.. Euzébio diz que o Evangelho foi
escrito antes da morte de Paulo, Jerônimo diz que foi depois e a tradição
antiga diz que foi escrito pouco antes da morte de Lucas, quase no Século II. O
Evangelho teria sido escrito entre 70 e 85 d.C., possivelmente na Grécia. Os
Atos do Apóstolos detalham a Igreja nos tempos de 35 a 63 d.C.,
demonstrando um estilo de prosa soberbo, e um estilo de quem presenciou a fé.
Certas passagens dos Atos, escritas na
primeira pessoa do plural, são usualmente usadas para indicar que o escritor
estava com São Paulo em parte da sua segunda jornada missionária e, sem dúvida,
na viagem que ambos fizeram à Itália. Eles estavam juntos quando o navio
naufragou ao largo da costa de Malta (At 16:10s; 20:5s; 27-28). São
Paulo diz nas suas cartas, quando preso: “Lucas é a minha única companhia”. Durante
o martírio de Paulo, Lucas nunca saiu do seu lado. Acredita-se que ele
conversava muito com a mãe de Jesus e com São João. As suas relíquias foram
trasladadas para Constantinopla e Pádua.
De acordo com a Igreja Católica Ortodoxa
Grega, São Lucas sempre andava com uma pintura de Nossa Senhora com ele, e esta
foi o instrumento de várias conversões. Na verdade ele foi um grande artista e
grande escritor, e suas narrativas inspiraram grandes escritores e mestres da
arte, mas as pinturas existentes da Virgem, a ele atribuídas, são trabalhos de
datas bem mais recentes. Não obstante, alguns julgam que o ícone de Nossa
Senhora do Perpétuo Socorro teria mesmo sido escrito por ele.
Pinturas excepcionais de São Lucas são as de
Roger van Weyden, na Pinacoteca de Munique, na Alemanha; a de Jean Grossaert,
em Praga; e a de Rafael, na Academia de São Lucas, em Roma. Na arte litúrgica
da Igreja ele é mostrado com um machado e, às vezes, pintando o retrato da
Virgem Maria.
Revisão:
Gisèle
Pimentel
Fontes:
http://hagiosdatrindade.blogspot.com.br/2008/10/so-lucas-evangelista-18-de-outubro-dia.html
http://levangileauquotidien.org/zoom_img.php?frame=52063&language=FR&img=&sz=full
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