Franz Alexandre Kern, nasceu em Viena em 16 de
abril de 1897. Ainda menino, já demonstrava firmemente sua vontade de ser
padre. No Seminário Menor de Hollabrunn, ia frequentemente adorar o Santíssimo
Sacramento.
Em 1915, aos 18 anos, durante a I Guerra
Mundial (1914-1918) engajou-se voluntariamente no Exército Imperial. Na escola
militar, Alexander ia todos os dias ajoelhar-se diante do Tabernáculo. Costumava
ser alvo de piadas, mas ao mesmo tempo era muito admirado.
Em 1º de janeiro de 1916, em vigília junto ao
Santíssimo Sacramento, durante a Oração das Quarentas Horas, Alexander pediu a
graça de sofrer bastante. Logo foi atendido: no verão de 1916, foi enviado como
tenente ao front sul e, em setembro, acabou tendo um pulmão perfurado causando
um ferimento que nunca mais seria curado. Quando o retiraram do campo de
batalha, os soldados choraram por seu “anjo da guarda”.
Em agosto de 1917, durante seu período de
convalescença, entrou no Seminário de Viena. Em 1918, num período cismático na
Igreja da Tchecoslováquia, Alexander entrou para a Ordem Premonstratense no
lugar de um religioso que decidiu ir para aquela recém-criada igreja nacional.
Em 18 de outubro de 1920 recebeu, na Abadia de
Geras, o hábito branco de São Norberto e o nome religioso Jakob/Jacques (em
honra a Jacques Lacops, o mártir de Gorcum). Vivia seu noviciado de forma
alegre e fiel, e desejava lutar pelo resgate dos que haviam se afastado do
caminho da Salvação. Ordenado padre em Viena no dia 23 de julho de 1922, disse:
“Minha primeira Missa é o meu primeiro Domingo de Ramos. Ele será seguido da
Semana Santa.” Seus sermões vinham do fundo do coração e atingiam a alma da
assembleia.
Em1923, precisaram retirar quatro costelas do
agora Pe. Jacques, com anestesia local – começava então sua Via Crucis. Após um
tempo de repouso, novos abcessos exigiram novas cirurgias. “É seu bom humor que
o mantém em pé”, dizia a Irmã que dele cuidava. Permitiram-lhe retornar à
abadia em meados de maio de 1924. Jacques retomou seu apostolado, agora
limitado por causa de sua saúde fragilizada. Seu último sermão, durante o
jubileu do bispo de Sankt-Pölten, intitulou-se: “Fiel ao bispo enquanto homem da
Igreja”. Os abcessos persistiam, e na opinião do jovem padre, suas feridas
purulentas eram como o trauma de um cisma para o Corpo místico de Cristo.
Em 20 de outubro de 1924, dia previsto para a
profissão de seus votos perpétuos, tentaram operá-lo uma última vez, mas
Jacques não tinha nenhuma ilusão. Pediu então que lhe trouxessem seu hábito
branco para o seu enterro, dizendo: “Preparem tudo para a Comunhão. A última
Comunhão, assim como a primeira, deve ser particularmente solene. Celebrarei minha
profissão perpétua no Céu.” Durante a cirurgia, o capelão administrou-lhe a
Unção dos Enfermos (então chamada de “Extrema Unção”) e abençoou-o para sua
última viagem, rumo ao Pai Celestial. Jacques morreu naquele mesmo dia, em
Viena, ao som do Angelus do meio-dia. Os fiéis, que não esqueciam o “bom Padre
Jakob”, iam orar sobre seu súmulo no cemitério de Geras, e o invocavam como um
padroeiro no Céu.
Jakob (Franz Alexandre) Kern foi beatificado
em 21 de junho de 1998 em Viena, por São João Paulo II (Karol Józef Wojtyła, Pontífice entre 1978-2005). Cem religiosos
da Ordem Premonstratense participaram da cerimônia. O Papa exortou os fiéis a
imitar este herói da Igreja, convidando os padres a permancecerem fiéis à sua
vocação.
Tradução e
Adaptação:
Gisèle
Pimentel
Fontes:
http://levangileauquotidien.org/main.php?language=FR&module=saintfeast&localdate=20171020&id=16855&fd=0
http://levangileauquotidien.org/zoom_img.php?frame=44761&language=FR&img=&sz=full
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