Joana Emília de Villeneuve, conhecida como Emília de
Villeneuve, nasceu em Toulouse em 9 de março de 1811. Era neta do Conde de Villeneuve
e a terceira de quatro filhos do Marquês e da Marquesa de Villeneuve, nascida
Rosália de Avessens. Passou os primeiros anos de sua vida no castelo de
Hauterive, nas proximidades de Castres, onde sua mãe precisou ficar retirada
devido à sua saúde deteriorada. Aos 14 anos, Emília perdeu sua mãe e, três anos
mais tarde, perdeu também sua irmã Otávia.
Após a perda de sua
mãe, Emília viveu algum tempo em Toulouse, onde sua avó cuidou de sua educação
e de suas irmãs. Aos 19 anos, Emília retornou a Hauterive, onde administrou a
vida familiar, aliviando seu pai em relação a esta tarefa, ele que foi prefeito
de Castres entre 1826 e 1830. Esses problemas familiares marcariam sua
existência, bem como o contato que ela mantinha com o Padre Leblanc, jesuíta, a
quem ela confiava suas preocupações de cunho social que nasceram nela –
particularmente a miséria que ela descobriu ao seu redor nos primeiros tempos
da Revolução Industrial.
Após ter pensado em
juntar-se às “Filhas da Caridade”, e
após um período de tempo para reflexão imposto por seu pai, Emília criou – com o
consentimento do Bispo local e em colaboração com duas amigas – a “Congregação de Nossa Senhora da Imaculada
Conceição” em 8 de dezembro de 1836. A comunidade religiosa logo se tornou
conhecida como “as Irmãs Azuis”, devido à cor do hábito que
usavam.
Por que “Nossa Senhora da Imaculada Conceição”? Após a morte de sua mãe, Emília manteve o hábito de confiar a Maria suas alegrias, penas, escolhas a fazer, e a Virgem tornou-se sua companheira de caminhada.
A primeira comunidade
se instalou numa casinha sem conforto em Castres. Atentas aos mais pobres que
as rodeavam, as “Irmãs Azuis” acolhiam moças fragilizadas pela miséria ligada
ao início da era industrial, e se ocupavam também dos prisioneiros. Rapidamente
elas abriram uma segunda comunidade onde as Irmãs se encarregavam da educação
de crianças, do catecismo e dos cuidados aos doentes. Todas as comunidades, no
começo, tinham esta tripla missão. Mais tarde a Congregação viu aumentar o
número de suas Irmãs, expandindo-se até a África, em países como Senegal, Gâmbia,
Gabão.
Em 1853 Emília de Villeneuve deixou seu cargo de Superiora Geral para ser substituída pela Irmã Helena Delmas. Em1854, a epidemia de cólera atingiu Castres, e a fundadora das “Irmãs Azuis” acabou morrendo em 2 de outubro daquele ano, cercada por suas Irmãs.
A expansão da Congregação
prosseguiu na Europa, em 1903, na América Latina entre 1904 e 1905, na Ásia e
no Pacífico em 1998. A obra está presente hoje em dia na França, no Gabão (1849),
na Espanha (1903), no Brasil e na Itália (1904), na Argentina (1905), no
Paraguai (1939), no Uruguai (1957), na Guiné Bisau, no Haiti, no México (1982),
no Benim (1988), em Burkina Faso, na República Democrática do Congo (1990), na
Bolívia (1992), no Senegal, na Venezuela (1996), nas Filipinas (1997).
Joana Emília de
Villeneuve foi beatificada em 5 de julho de 2009, em Castres, pelo Arcebispo
Angelo Amato s.d.b., e proclamada Santa em Roma, no dia 17 de maio de 2015, pelo
Papa Francisco (Jorge Mario Bergoglio, Pontífice desde 13 de março de 2013).
Tradução e Adaptação:
Gisèle Pimentel
Fontes:
http://levangileauquotidien.org/main.php?language=FR&module=saintfeast&localdate=20171002&id=17201&fd=0
https://fr.wikipedia.org/wiki/Jeanne-%C3%89milie_de_Villeneuve#/media/File:Emilie_de_Villeneuve.jpg
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