Nasceu no dia 28 de
março de 1515 e foi batizada Tereza de Cepeda Y Ahumada, em Avila, Castilha,
Espanha. Filha de Alonso Sanchez de Cepeda e Beatrice Davila y Ahumada, Tereza
foi educada pelas irmãs Agostinianas até 1532, quando voltou para casa por
causa de sua saúde. Quatro anos mais tarde, entrou para o Convento das
Carmelitas Descalças, em Ávila, um estabelecimento que era negligente com
relação à pobreza e à clausura. Ela retornou novamente para casa em 1536 por
dois anos devido a sua saúde. De 1555 a 1556, Tereza teve visões e
ouviu vozes. No ano seguinte, São Pedro de Alcântara passou a ser o seu diretor
espiritual, ajudando-a sobremaneira em seu apostolado religioso.
Desejosa de ser uma
freira que obedecesse rigidamente às regras das Carmelitas, Tereza fundou em
1567 o convento de São José em Ávila onde ela foi seguida por outras irmãs que
desejavam uma vida mais rígida. Em 1568 ela recebeu permissão do Pior Geral da
Ordem das Carmelitas para continuar no seu trabalho e ela fundou 16 outros conventos,
recebendo o apelido e "a freira ambulante", devido as
suas freqüentes viagens. Tereza se encontrou com São João da Cruz outro
Carmelita buscando a reforma, em Medino del Campo, local do seu segundo
convento. Ela fundou ainda um monastério para homens em Duruelo em 1568, mas
passou a responsabilidade de dirigir e reformar ou fundar outros novos
monastérios para São João da Cruz.
A oposição que se
desenvolveu entre as Carmelitas (calçadas) e membros da Ordem original e o
Consilho de Piacenza em 1575 restringiu muito as suas atividades. A rixa
continuou até que o Papa Gregório XIII (1572-1585), a pedido do Rei Felipe II,
da Espanha, reconheceu as Reformadas Carmelitas Descalças como uma província
separada da Ordem das Carmelitas originais. Nesta altura, a maturidade
espiritual de Santa Tereza era evidente, e seu livros e cartas foram sendo
conhecidos, tornando-se clássicos da literatura espiritual. Logo incluíram sua
autobiografia chamada "O caminho da Perfeição" e o
seu livro "Castelo Interior" como clássicos da
teologia espiritual.
Santa Tereza foi
reverenciada como uma grande mística, tendo notável senso de humor e bom senso,
combinando uma deslumbrante atividade, com uma mística contemplação. Ela morreu
no dia 4 de outubro de 1582 (14 de outubro pelo calendário Gregoriano, que
entrou em efeito no dia seguinte à sua morte, e avançou o calendário em 10
dias). Foi canonizada em 1622 pelo Papa Gregório XV e declarada Doutora da
Igreja em 1970 pelo Papa Paulo VI.
Santa Teresa D'Ávila
foi agraciada com diversas visões relacionadas à Eucaristia; a primeira visão
abaixo descrita lhe foi concedida logo após uma outra, na qual lhe havia sido
revelada a glória de Jesus junto a Deus Pai. A essa visão da glória de Jesus a
Santa aqui se refere ao dizer que "recordava aquela altíssima
Majestade que vira".
“Quando eu me
chegava à comunhão e recordava aquela altíssima Majestade que vira e pensava
que era Ele que estava no Santíssimo Sacramento (tanto mais que muitas vezes
quer o Senhor que eu O veja na hóstia), os cabelos se me eriçavam na cabeça e
parecia que toda me aniquilava. Oh! Senhor meu! Mas se não encobrísseis vossa
grandeza, quem ousara chegar tantas vezes a reunir coisa tão suja e miserável
com tão grande Majestade? Bendito sejais, Senhor. Louvado sejais pelos anjos e
por todas as criaturas, porque assim medis as coisas por nossa fraqueza para
que, gozando de tão soberanas mercês, Vosso grande poder não nos assuste e,
gente fraca e miserável que somos, não as ousemos gozar.
Poderia nos
acontecer o que, segundo sei ao certo, sucedeu a um lavrador. Encontrou um
tesouro, que valia muito mais do que cabia no seu ânimo mesquinho; e vendo-se
com aquela riqueza, deu-lhe uma tristeza tão grande que pouco a pouco veio a
morrer de pura aflição, por não saber o que faria com o seu achado. Se não
o encontrasse todo de uma vez, mas pouco a pouco lho fossem dando e sustentando
com ele, viveria mais contente do que sendo pobre, e não lhe custaria a vida.
Oh! Riqueza dos
pobres, quão admiravelmente sabeis sustentar as almas e, sem que vejam tão
grandes riquezas, pouco a pouco as ides mostrando! Quando eu vejo uma majestade
tão grande dissimulada em coisa tão pouca como é a Hóstia, fico a admirar
sabedoria tão imensa e não sei como me dá o Senhor ânimo e esforço bastante para
chegar-me a Si; e se Ele, que me fez e ainda faz mercês tão grandes, ânimo não
me desse, nem me seria possível dissimular, nem deixar de dizer aos brados tão
grandes maravilhas. Pois que sentirá uma miserável como eu, carregada de
abominações e que com tão pouco temor de Deus gastou a sua vida, ao se acercar
deste Senhor de tão grande majestade, quando Ele quer que minha alma o veja?
Uma boca que tantas palavras falou contra aquele mesmo Senhor, como se poderá
juntar àquele corpo gloriosíssimo, cheio de pureza e piedade? E mais dói e
aflige a alma, por não O haver servido, o amor que mostra aquele rosto de tanta
formosura, com tão grande ternura e afabilidade — do que imprime temor a
majestade que n’Ele se vê. Mas que poderia eu sentir nas duas vezes em que vi
isso? Que direi?
Uma vez, chegando-me
à comunhão, vi com os olhos da alma dois demônios, mais claramente que com os
olhos do corpo; tinham abominável figura. Parece-me que os seus cornos rodeavam
a garganta do pobre sacerdote. E vi o meu Senhor, com a majestade em que já
falei, na Partícula que eu ia receber, posto naquelas mãos que claramente
mostravam ser criminosas e entendi que estava aquela alma em pecado mortal. Que
seria, Senhor meu, ver Vossa formosura entre figuras tão abomináveis! Estavam eles
como amedrontados e espantados diante de Vós. E de bom grado parece que
fugiriam se Vós os deixásseis ir. Deu-me enorme perturbação e não sei como pude
comungar; fiquei com grande temor, parecendo-me que, se fora visão de Deus, não
permitira Sua Majestade visse eu o mal que estava naquela alma. Disse-me o
próprio Senhor que rogasse por ele e que me permitira aquela vista a fim de que
eu entendesse a força que têm as palavras da consagração e como não deixa Deus
de estar ali, por mau que seja o sacerdote que as diz; e para que eu visse a
sua grande bondade pondo-se nas mãos do seu inimigo — tudo para meu bem e bem
de todos. Entendi quão mais obrigados que os outros estão os sacerdotes a ser
bons, que coisa terrível é tomarem indignamente este Santíssimo Sacramento, e
quão senhor é o demônio da alma que está em pecado mortal. Sobejo proveito me
fez esta visão e sobejo conhecimento me deu do que devia a Deus. Bendito seja
para todo o sempre.”
Adaptação:
Gisèle Pimentel
Fontes:
http://www.cademeusanto.com.br/santa_teresa_d.htm
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