Luís de Nagasaki, menino de apenas 11 anos, é como a obra-prima pedagógica da escola de São Pedro Batista e de seus co-irmãos. Órfão de pai e mãe, havia vivido com seus tios, que o haviam acolhido em sua casa como filho. Logo foi encomendado aos santos Leão Karasuma e Paulo Ibaraki, que foram seus predecessores. Desejando fazer-se franciscano e sacerdote, foi recebido no seminário. Foram seus grandes amigos e colegas de martírio Santo Antônio de Nagasaki, de treze anos, e Santo Tomás Kosaki, de quinze.
Sereno, cordial, afável, passou por este mundo como um meteoro de luz, vivendo como um anjo. Era sempre o primeiro na oração, acólito e cantor, servindo com fervor na Santa Missa. Ensinava catecismo às crianças menores do que ele. São Pedro Batista se deu conta rapidamente da ótima índole do garoto e o mantinha sempre consigo nas celebrações litúrgicas e nas obras de assistência e evangelização. Seu fervor suscitava admiração nos mesmos pagãos. A um nobre que quis apartá-lo de sua fé, lhe respondeu: "Nunca me apartará de minha fé, que está muito arraigada em mim; mas por que não te tornas cristão? Encontrarás o segredo da felicidade!"
No dia 3 de janeiro de 1597 começou a difícil viagem até Nagasaki. Em várias cidades foi exposto com os demais à zombaria do povo: mas muita gente mostrava simpatia pelos mártires, em especial pelo garoto. Em Corazu, no caminho até Nagasaki, o governador Fazamburo tratou de convencer a Luis a abandonar a fé e o ofereceu riquezas e honras em troca de sua fé, mas ele respondeu que estava feliz de poder renunciar sua vida e morrer por Jesus. Nos últimos dias o assistiram os padres Francisco Pasio e Juan Rodríguez.
O governador tentou mais uma vez fazê-lo renegar a Cristo em troca da vida de riquezas. Ele respondeu: "De maneira alguma abandono este Cristo que está me abrindo as portas do céu, e me envia seus anjos para me colocar na cabeça uma coroa de glória. Fique com as suas riquezas; eu me contento somente com as do céu."
Chegados à Santa Colina de Nagasaki, beijou a cruz em que havia de ser amarrado e martirizado. Antes de ser atravessado pelas lanças dos soldados, gritou: "Paraíso, paraíso!"
Fontes:
"Santos Franciscanos para cada dia", da OFM
http://www.franciscanos.org.br/v3/carisma/santos/marco/data09.php
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