01/03/2011

Santa Catarina Drexel, Religiosa, Fundadora do primeiro Instituto Católico de Estudos Superiores para Negros nos Estados Unidos (+1955), 03 de Março

Nascimento: 26 de novembro de 1858, Filadélfia
Falecimento: 3 de março de 1955  (aos 96 anos), Cornwells Heights (Pensilvânia)
Nacionalidade: Americana
Beatificação: 20 de novembro de 1988, Roma, pelo Papa João Paulo II
Canonização: 1º de outubro de 2000, Roma, pelo Papa João Paulo II
Venerada pela: Igreja Católica Apostólica Romana
Festa: 3 de março

Catarina Drexel (1858-1955) nasceu em 26 de novembro de 1858 na Filadélfia (Pensilvânia), segunda filha de Francis Anthony e de Hannah Langstroth Drexel, que morreu quando Catarina ainda era muito pequenina. Seu pai se casou pela segunda vez com Emma Bouvier, que cuidou da educação da menina. Catarina Drexel é a fundadora do primeiro Instituto Católico de Estudos Superiores para Negros nos Estados Unidos. Foi canonizada no ano 2000 pelo Papa João Paulo II.

 

O surgimento da vocação de Catarina

Francis Anthony era banqueiro e conseguia oferecer à sua família uma excelente situação financeira, ensinando às suas filhas que os bens materiais de que dispunham deveriam ser partilhados com os mais pobres.
A família Drexel, por causa da atividade profissional do pai, tinha por hábito viajar muito, particularmente pela Europa. Após a morte de Emma, em janeiro de 1883, visando a distrair suas filhas, Francis Drexel levou-as à Itália. Em 18 de novembro de 1883, na Basílica de São Marcos, em Veneza, Catarina viu um quadro da Virgem Santíssima e escutou a Mãe de Deus lhe dizer: “De graça recebeste; dê gratuitamente.” Imediatamente ela reconheceu a passagem do Evangelho (Mt 10, 8), que havia profundamente influenciado São Francisco de Assis, santo pelo qual Catarina tinha uma profunda devoção.
Durante uma outra viagem, desta vez pelo Oeste Norte-Americano, Catarina ficou perturbada ao ver as tristes condições de vida das populações Negra e Indígena. Francis Drexel, quando faleceu em 15 de fevereiro de 1885, deixou para suas três filhas uma imensa fortuna como herança. Catarina e suas irmãs partiram, então, para a Europa, a fim de recrutar sacerdotes que pudessem iniciar missões de evangelização junto aos indígenas dos Estados Unidos. Foram a Roma onde, em janeiro de 1887, o Papa Leão XIII as recebeu numa audiência privada. Quando Catarina suplicou ao Santo Padre que enviasse missionários aos indígenas norte-americanos, recebeu esta resposta inesperada: «Por que, minha filha, você mesma não se torna missionária?» Esta resposta a surpreendeu, ainda mais que sua vocação, àquela época ainda não era uma certeza para Catarina.
Em setembro daquele mesmo ano, acompanhada de suas irmãs, Catarina visitou as missões indígenas em Dakota, onde encontrou Red Cloud (Nuvem Vermelha), o célebre chefe da tribo Sioux, e pôde comprovar o estado de penúria em que viviam os indígenas. Desde o seu retorno, Catarina começou a oferecer uma ajuda sistemática às missões indígenas. Em quatro anos, financiou a construção de treze escolas. Esta atenção para com os povos indígenas acabou se redobrando por conta da preocupação com a sorte dos povos negros americanos que, apesar da emancipação oficial, ainda continuavam sendo alvo de graves discriminações.
Durante muito tempo, Catarina foi dissuadida por seu diretor espiritual, Dom James O'Connor, bispo de Omaha (Nebraska), de abraçar a vocação religiosa. Entretanto, após ter recebido, em novembro de 1888, uma carta na qual Catarina insistia uma vez mais no seu desejo de abraçar a vida religiosa, Dom O'Connor encorajou-a, então, a fundar, ela mesma, uma nova Congregação, uma ordem missionária dedicada aos Indígenas e aos Negros norte-americanos. Após hesitar um pouco, Catarina acabou por aceitar a idéia, em 19 de março de 1889.
Foi assim que ela se juntou às Irmãs das Mercês, em Pittsburgh, sendo recebida como noviça em 7 de novembro de 1889. Após a morte de Dom O'Connor, Catarina recebeu o apoio do arcebispo de Filadélfia, Dom Patrick Ryan, no seu trabalho religioso e missionário.

Sua obra

Em 12 de fevereiro de 1891, Catarina Drexel fez seus votos como primeira «Irmã do Santíssimo Sacramento para os Indígenas e os Negros». No ano seguinte, as Irmãs acabaram de se instalar no convento Saint-Elizabeth em Cornwells Heights (Pensilvânia). Irmã Catarina redigiu uma regra de vida para as Irmãs do Santíssimo Sacramento. Em julho de 1907, ela recebeu em Roma uma primeira aprovação do Papa Pio X e, pouco depois, foi eleita Superiora Geral do Instituto das «Irmãs do Santíssimo Sacramento para os Indígenas e Pessoas de Cor», cargo que ela ocupou até 1937.
O convento do seu novo Instituto ainda não estava finalizado quando ela abriu seu noviciado em Torresdale, numa propriedade que pertencia à sua família. Dez noviças e três postulantes logo se juntaram a ela. Um ano mais tarde, a comunidade já contava 21 membros. Três anos mais tarde, a congregação abriu um primeiro pensionato na Missão Santa Catarina de Santa Fé (Novo México).
Durante toda a sua vida Catarina Drexel e sua congregação abriram 60 escolas, das quais a mais célebre, em 1915, era a Xavier University, em Nova Orléans, primeiro Instituto Católico de Estudos Superiores para Negros nos Estados Unidos, situado em 1 Drexel Drive.
Em 1935, Irmã Catarina já estava doente quando uma crise cardíaca veio enfraquecê-la ainda mais. Em seus últimos 18 anos de vida, freqüentemente acamada, consagrava-se à oração. Morreu em 3 de março de 1955, em Cornwells Heights (Pensilvânia), aos 96 anos de idade.

Canonização

O processo de canonização de Catarina Drexel foi aberto pelo Cardeal John Krol em dezembro de 1964. Em 26 de janeiro de 1987, ela foi declarada Venerável. Foi proclamada Beata em 20 de novembro de 1988 pelo Papa João Paulo II, após a conclusão do seu processo de beatificação, sendo reconhecido por Roma um milagre a ela atribuído, ocorrido em 1974 – a cura de Robert Gutherman, após as orações de sua família a Irmã Catarina.
Enfim, no dia 1º de outubro de 2000, Madre Catarina Drexel foi canonizada pelo mesmo Papa João Paulo II. Sua festa é celebrada no dia 
3 de março.

Tradução e Adaptação:

Gisèle do Prado
giseledoprado70@gmail.com




Bibliografia

·  Lou Baldwin, Saint Katharine Drexel: Apostle to the Oppressed, Philadelphia: Catholic Standard & Times, 2000.
·  Francis Martin Drexel, Life and Travels of Francis M. Drexel, Unpublished typescript, Drexel Family Collection, Drexel University Archives.
·  « The Drexel Heritage: A Family and a University », Philadelphia: Drexel University, 1975.

Fontes originais

 

Link externo (em Francês)



Fontes :
http://fr.wikipedia.org/wiki/Catarina_Drexel
http://www.evangelhoquotidiano.org/zoom_img.php?frame=44081&language=IT&img=&sz=full

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