A Beata Maria da Encarnação Guyart, Ursulina de Tours e do Québec, nasceu em 28 de outubro de 1599 e morreu em 30 de abril de 1672. Era uma missionária católica e mística.
Biografia
Nasceu na cidade de Tours, na França, com o nome de Marie Guyart, provavelmente na Rue des Tanneurs. Seus pais, Florent Guyart e Jeanne Michelet, eram mestres-padeiros e tiveram sete filhos. Foi num lar católico onde as crianças cresceram e se instruíram.
Aos 7 anos de idade, Marie recebeu uma primeira graça mística, que levou-a a se entregar a Cristo. Seus pais não compreenderam sua vocação à vida religiosa, e deram-na em casamento ao mestre-operário da seda Claude Martin, quando Marie tinha apenas 17 anos. Desta união nasceu Claude, em 2 de abril de 1619. Seis meses mais tarde, a jovem ficou viúva com apenas 19 anos, ao mesmo tempo em que a pequena fábrica faliu. Marie encontrava-se com dívidas e mais dívidas para quitar.
Em 1625, as graças místicas conduziram-na à união com Cristo. Marie não podia tornar-se religiosa porque precisava criar seu filho, Claude, mas já nessa época fez os votos de pobreza, obediência e castidade.
Para garantir sua sobrevivência com seu filho, Marie Guyart começou a trabalhar, em 1621, para sua irmã, Claude Guyart, e seu cunhado, Paul Buisson, que comandavam uma companhia de transporte fluvial. Marie desejava levar uma vida abnegada e servil, mas seus talentos administrativos foram reconhecidos e, algumas vezes, ela acabou assumindo o papel de gerente quando os dois patrões estavam fora da cidade.
Em 25 de janeiro de 1631, Marie entrou para o convento das Ursulinas de Tours. Se o seu sonho era tornar-se missionária, não era normal naquela época que uma mulher, ainda mais uma religiosa, cruzasse o oceano para tornar-se professora em terras tão distantes. Finalmente, seu encontro com outra mulher, a rica e piedosa Madeleine de la Peltrie, foi determinante para que ela obtivesse os recursos necessários para a fundação de um mosteiro em Québec, no Canadá. Em 1639, Marie partiu com duas outras Irmãs Ursulinas, Madeleine de la Peltrie e uma serva, Charlotte Barré, para fundar um mosteiro em Québec. Seu objetivo era de velar pela instrução das meninas indígenas. Procurou converter ao catolicismo as meninas que lhe foram confiadas: inicialmente as Montanhesas e as Abenakis, depois as Huronianas e as Iroquesas.
Todavia, as Irmãs encontraram dificuldades para “afrancesar” as indiazinhas, que eram resistentes à aculturação. Com o declínio demográfico que perturbava a população ameríndia e uma resistência cada vez maior por parte dos pais ameríndios em confiar suas filhas às Ursulinas, Maria da Encarnação acabou se afastando de seu papel de missionária para se consagrar mais intensamente à instrução das meninas francesas da colônia.
Todavia, as Irmãs encontraram dificuldades para “afrancesar” as indiazinhas, que eram resistentes à aculturação. Com o declínio demográfico que perturbava a população ameríndia e uma resistência cada vez maior por parte dos pais ameríndios em confiar suas filhas às Ursulinas, Maria da Encarnação acabou se afastando de seu papel de missionária para se consagrar mais intensamente à instrução das meninas francesas da colônia.
Mesmo vivendo enclausurada, Maria da Encarnação desempenhou um papel decisivo na vida da colônia. Em 1663, ela testemunhou um terrível tremor de terra em plena Québec, acontecimento que ela narrou nas inúmeras correspondências com seu filho, Claude. Irmã Marie viu nessa catástrofe um sinal de Deus, como uma espécie de "punição" ao forte comércio de bebidas entre os colonos e os Índios.
Ela se viu também em meio a uma epidemia de varíola que atinge duramente os povos autóctones: por vezes, seu mosteiro acabou sendo transformado em hospital. Marie falava muito também sobre as guerras iroquesas e a destruição da terra dos Huronianos.
Irmã Marie morreu em idade avançada, em 30 de abril de 1672, em Québec. Está associada à vida da pequena colônia francesa fundada em Québec, em 1608 que, sem ela e suas companheiras, dificilmente teria sobrevivido. Foi beatificada pelo Beato Papa João Paulo II em 22 de junho de 1980.
Ela se viu também em meio a uma epidemia de varíola que atinge duramente os povos autóctones: por vezes, seu mosteiro acabou sendo transformado em hospital. Marie falava muito também sobre as guerras iroquesas e a destruição da terra dos Huronianos.
Irmã Marie morreu em idade avançada, em 30 de abril de 1672, em Québec. Está associada à vida da pequena colônia francesa fundada em Québec, em 1608 que, sem ela e suas companheiras, dificilmente teria sobrevivido. Foi beatificada pelo Beato Papa João Paulo II em 22 de junho de 1980.
Links internos
· Escola Francesa de Espiritualidade (em Francês)
Links externos
· Site consagrado à Beata Maria da Encarnação (em Francês)
· Biografia do Dicionário Biográfico do Canadá online (em Francês)
Notas
1. ↑ Prions en Église número 256 - página 21
Tradução e Adaptação:
Gisèle do Prado
giseledoprado70@gmail.com
Fontes :
http://fr.wikipedia.org/wiki/Maria_de_l%27Incarnation
http://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/b/bb/Maria_Guyart.JPG
http://www.evangelhoquotidiano.org/zoom_img.php?frame=37918&language=FR&img=&sz=full
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