02/05/2011

Beato Rupert Mayer, Presbítero, Mártir (+1945), 03 de Maio

Rupert Mayer nasceu em Stuttgart, Alemanha, em 23 de janeiro de 1876 e morreu em Munique no dia 1º de novembro de 1945. Foi um sacerdote jesuíta alemão, beatificado pela Igreja Católica, e que ficou conhecido como o Apóstolo de Munique.
Contrariando o seu desejo, seu pai não o deixou entrar na Companhia de Jesus. Estudou, então, teologia e filosofia e foi ordenado sacerdote em 1899. Entre 1906 e 1911 fez viagens apostólicas pela Alemanha, Suíça e Holanda como missionário popular e, em 1912, foi enviado a Munique, onde serviu como capelão dos imigrantes. Na Primeira Guerra Mundial ofereceu-se como capelão militar. Em 1916, na frente romena, foi gravemente ferido na frente de batalha, onde dava assistência religiosa e espiritual aos soldados em combate, tendo que amputar a perna esquerda. Ficou conhecido e popular por denunciar abertamente os enganos dos comunistas e dos nazistas na Alemanha do pós-guerra. Foi condecorado por heroísmo com a Cruz de Ferro pela forma como cumpriu bravamente o seu serviço à nação como capelão militar.
Após a ascensão de Hitler, foi um dos primeiros a aperceber-se da verdadeira índole do movimento nazista, tornando-se um crítico destemido do governo e da ideologia de Hitler. Começou, então, a denunciar Hitler e toda a propaganda nazi. Considerava que um católico não poderia nunca ser nacional-socialista, pois isso iria contra os valores defendidos pela Igreja. As autoridades civis impediam-no de falar, mas Rupert não obedecia. Por isso, foi duas vezes preso pela Gestapo e, em 1937, foi submetido a julgamento perante o "Tribunal do Povo" e, depois, enviado ao campo de concentração de Orianienburg-Sachsenhausen, em 1940, aos sessenta e três anos de idade. Foi solto meses depois pelos nazistas temerem que a sua morte o transformasse em mártir.
Até o final da guerra esteve confinado em um mosteiro da Ordem de São Bento, até que fosse libertado pelos aliados. Retornou à atividade sacerdotal em Munique onde sempre gozou de grande prestígio e respeito. Veio a falecer durante uma missa, vítima de um ataque apoplético, enquanto pregava a homilia da festa de Todos os Santos. Foi beatificado pelo Beato Papa João Paulo II em 3 de maio de 1987.
Nenhum santo é santo só por aquilo que fez de forma heróica, porque nunca o teria feito se antes não existisse a consciência de um Amor incondicional e gratuito e o desejo de uma resposta coerente a esse Amor. Assim, a santidade é muito mais uma rendição do que uma conquista, porque é fruto, não tanto do esforço, mas da gratidão. O grande trabalho é interior, aquilo que por fora se vê é reflexo do que por dentro se experimenta e de que se quer dar testemunho.

Adaptação:
Gisèle do Prado

Fontes:
http://pt.wikipedia.org/wiki/Rupert_Mayer
http://companhiadosfilosofos.blogspot.com/2010/11/beato-rupert-mayer-sj.html
http://www.jesuitas.com.br/publique/cgi/cgilua.exe/sys/start.htm?infoid=704&sid=5
http://www.jesuites.com/histoire/saints/images/rupertmayer.jpg

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