28/05/2011

Santa Teodósia, Leiga Celibatária, Mártir, 29 de Maio

Constantino Acropolita escreveu, no Século XIV, uma biografia de Santa Teodósia. Segundo seus relatos, ele vivia nesta época em Constantinopla, próximo da sepultura da mártir. Percebendo que lhe prestavam uma grande devoção, decidiu-se por escrever sobre sua vida, pesquisando em alguns de seus escritos e baseando-se na tradição oral do lugar e da época.
Segundo nos informa, Teodósia pertencia a uma nobre família e perdeu seus pais quando era ainda muito jovem. Mais tarde, recebeu o véu no monastério constantinopolitano da Ressurreição do Senhor. A Santa viveu na época dos imperadores iconoclastas Leão, o Isáurico, e Constantino Coprônimo. Ante uma ordem imperial para que um ícone de Cristo, muito venerado, fosse destruído, Teodósia, liderando um grupo de mulheres, derrubou a escada onde estava o oficial que cumpria a ordem de lançar abaixo e destruir o ícone.
O homem acabou por morrer em consequência da queda. As mulheres se dirigiram então ao palácio do pseudopatriarca Anastásio, apedrejando-o e obrigando o usurpador a se pôr em fuga. As autoridades castigaram duramente todas as mulheres que integraram o grupo, mas, principalmente Teodósia, sua líder. Esta, por sua vez, foi submetida a cruéis procedimentos de tortura pelos carrascos na prisão. Muito ferida, Teodósia veio a morrer mais tarde em consequência destes ferimentos.

Tradução e publicação neste site com permissão de Ortodoxia.org
Trad.: Pe. André

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Santo Inácio, Bispo de Rostov (+1288), 28 de Maio

Santo Inácio era Arquimandrita do monastério da Santa Teofania, em Rostov, quando foi eleito, consagrado e nomeado bispo desta mesma cidade, no ano de 1262. Dedicou-se com muito empenho ao seu ofício pastoral, numa época particularmente difícil, em que teve de defender seus diocesanos da tirania dos tártaros e ser o mediador nas hostilidades dos nobres de Rostov. O Metropolita de Kiev, diante do qual havia sido caluniado, o provou com a suspensão do exercício de suas funções episcopais. Em 1274, Santo Inácio participou do Sínodo da Igreja da Rússia, em Vladimir. Uma citação tomada dos decretos deste Sínodo nos permitirá ter uma idéia das dificuldades impostas ao clero russo, contra as quais este teve de lutar até muito recentemente:
“O povo pratica ainda os malditos costumes pagãos: celebram-se as festas pagãs com ritos diabólicos, com assobios e gritos. Os homens, embriagam-se, espancam-se com paus e roubam as vestes dos que morrem na luta.”
Santo Inácio adormeceu em Cristo no dia 28 de maio de 1288. Logo após a sua morte, começou a se espalhar entre o povo notícias dando conta dos mais fantásticos milagres. Dizia-se, por exemplo, que, quando o corpo do santo era conduzido para o sepultamento, o mesmo teria se levantado para abençoar os presentes. Até a época da Revolução Russa, as relíquias de Santo Inácio estavam guardadas na Igreja da Santa Dormição, em Rostov.
Tradução e publicação neste site com permissão de Ortodoxia.org
Trad.: Pe.
André
Fonte :

26/05/2011

Santo Agostinho de Cantuária, Bispo (+605), 27 de Maio

Santo Agostinho de Cantuária viveu no Século VI. Em 597, São Gregório Magno enviou-o, com mais 40 monges, como missionários para a Inglaterra.
Chegados a Lerins, ficaram de tal modo intimidados com o que se dizia dos saxões que pediram ao Papa que mudasse os planos. São Gregório, para incentivar Santo Agostinho, nomeou-o abade e deu-lhe cartas de recomendação. Pouco tempo depois, nomeou-o bispo. Ao contrário do que imaginavam, foram bem recebidos pelo rei Etelberto. Receberam como residência na cidade de Cantuária ou Canterbury, uma capela que será, mais tarde, a abadia de Santo Agostinho, necrópole dos soberanos e dos bispos de Kent.
Etelberto fez-se batizar e, com ele, muitas outras pessoas se converteram ao cristianismo. Santo Agostinho foi nomeado então arcebispo primaz da Inglaterra, consolidando assim o cristianismo nessa nação. Santo Agostinho de Cantuária partiu para o Paraíso no ano de 605. 

Fontes:
http://www.evangelhoquotidiano.org/main.php?language=PT&module=saintfeast&localdate=20110527&id=11501&fd=0
http://www.evangelhoquotidiano.org/zoom_img.php?frame=38820&language=PT&img=&sz=full

São Karpos (ou Karpo), um dos Apóstolos dos Setenta (+Século I), 26 de Maio

Karpos viveu no tempo do Imperador Nero e é conhecido como um dos setenta discípulos do Senhor. Foi um dos colaboradores do Apóstolo São Paulo, conforme esta referência encontrada na sua Segunda Epístola a Timóteo 4, 13, onde diz: "Quando vieres, traga a capa que deixei em Troas, na casa de Karpo; traga também os livros, especialmente os pergaminhos."
Trabalhou exemplarmente na difusão do Evangelho em Troas e, logo foi nomeado bispo em Trácia, onde viveu uma vida de santidade e, iluminado pelo Espírito Santo, iluminou, com o divino ensinamento, seus diocesanos, convertendo-se numa estrela espiritual para seus filhos. Sua dedicação e trabalho árduo atraiu sobre ele muitas perseguições, tentações e adversidades. O Santo, porém, enfrentou tudo com coragem, determinação, fidelidade aos seus valores e paciência, não medindo esforços nem consequências na propagação da Palavra de Deus.
“Disse-vos essas coisas para que tenhais a paz em mim. No mundo haveis de ter aflições. Coragem! Eu venci o mundo” [Jo 16, 33].  Esta palavra nos revela que o caminho do discípulo não é revestido com pétalas de rosas, mas com provações. E com luta contínua e a ajuda da Graça do Espírito Santo, podemos chegar a Deus. São Karpos morreu pacificamente, iluminando muitas pessoas em sua volta.
Trad.: Pe. André
Fonte: 
Ortodoxia.org
Fonte:

24/05/2011

Santa Maria Madalena de Pazzi, Mística (+1607), 25 de Maio


Nasceu em Florença, Itália, em 1566, de uma família distinta e foi batizada com o nome de Catherine. Foi educada no Convento de São João em Florença. Foi compelida a casar-se pelo seu pai, mas recusou-se e, com a idade de 16 anos, entrou para a Ordem das Carmelitas Descalças no Convento de Santa Maria do Anjos, em Florença, em 1582. Quando recebeu o hábito, ela escolheu o nome de Maria Madalena.

Ocupou vários cargos no convento: era extremamente capaz e por algumas vezes tornou-se Madre Superiora. Seriamente doente, experimentou vários êxtases. Após recuperar a sua saúde, praticava extremas mortificações e experimentou anos de forte consolação espiritual. Suas irmãs copiavam o que ela dizia durante os êxtases e as Atas desses êxtases foram mais tarde publicados. Eles guardam o espírito da beleza de sua vida.
Maria Madalena encontrou sua vocação na reforma de todos os estados da vida da Igreja para a conversão de todos os homens. Acreditava que o sofrimento levaria a um profundo plano espiritual e ajudaria a salvar uma alma. Maria Madalena tem a reputação de ter tido o dom da profecia, ler as mentes e fazer várias curas milagrosas durante a sua vida. Morreu em 25 de maio de 1607. Foi canonizada em 1669 pelo Papa Clemente IX.

Fontes:
http://www.cademeusanto.com.br
http://www.evangelhoquotidiano.org/main.php?language=PT&module=saintfeast&localdate=20110525&id=11778&fd=0
https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgcYL8BkWcEW26Wu0CTJzcitxu6o0z_vmToVpcKPMHXUENQuzHG5vVIWtGZ8K851TWel2LFSaj8FOc1BBMSNbIN2lteyB8V9hjh0ar_b3duAG4iaGb5m2ckYCIyHmowv5OemrH_S1ezC8Q/s1600/Y-SMMPZMT106.jpg

23/05/2011

Nossa Senhora Auxiliadora, 24 de Maio de 2011

A devoção a Maria Auxiliadora
A devoção a Nossa Senhora Auxiliadora, tem seu começo em datas muito remotas, nascida no coração de pessoas piedosas que espalharam ao seu redor a devoção mariana. Assim a Mãe de Deus foi sempre conhecida como condutora da felicidade de todo ser humano. E Maria, sempre esteve junto ao povo, sobretudo do povo simples que não sofre as complicações que contornam e desfazem, muitas vezes, a vida humana, mas que é levado pelas emoções e certezas apontadas pela simplicidade do coração.
Em 1476, o Papa Sisto IV deu o nome de “Nossa Senhora do Bom Auxílio” a uma imagem do século XIV-XV, que havia sido colocada em uma Capelinha, onde ele se refugiou, surpreendido durante o caminho, com um perigoso temporal. A imagem tem um aspecto muito sereno, e o símbolo do “auxílio” é representado pela meiguice do Menino segurando o manto da Mãe.
Com o correr dos anos, entre 1612 e 1620, a devoção mariana cresceu, graças aos Barnabitas, em torno de uma pequena tela de autoria de Scipione Pulzone, representando aspectos de doçura, de abandono confiante, de segurança entre o Menino e sua santa Mãe. A imagem ficou conhecida como “Mãe da Divina Providência”. Esta imagem tornou-se como que meta para as peregrinações de muitos devotos e também para muitos Papas e até mesmo para João Paulo II. Devido ao movimento cristão em busca dos favores e bênçãos de Nossa Senhora e de seu Filho, o Papa Gregório XVI, em 1837, deu-lhe o nome de AUXILIADORA DOS CRISTÃOS. O Papa Pio IX, há pouco tempo eleito, também se inscreveu no movimento e diante desta bela imagem, ele celebrou a Missa de agradecimento pela sua volta do exílio de Gaeta.     
Mais tarde também foi criada a “Pia União de Maria Auxiliadora”, com raízes em um bonito quadro alemão.
E chega o ano de 1815:  Nasce aquele que será o grande admirador, grande filho, grande devoto da Mãe de Deus e propagador da devoção a Maria Auxiliadora, o Santo dos jovens: SÃO JOÃO BOSCO. Neste ano era também celebrado o Congresso de Viena e foi a época em que, com a queda do Império Napoleônico, começa a Reestruturação  Européia com restabelecimento dos reinos nacionais e das suas monarquias dinásticas 
Em 1817, o Papa Pio VII benzeu uma tela de Santa Maria e conferiu-lhe o título de MARIA AUXILIUM CHRISTIANORUM.
Os anos foram se sucedendo e o rei Carlo Alberto, foi a cabeça do movimento em prol da unificação da Itália, e ao mesmo tempo, os atritos entre Igreja e Estado, deram lugar a uma forte sensibilização política, com atitudes suspeitas para com a Igreja. E como não podia deixar de ser, Dom Bosco, lutador e defensor insigne da Igreja de Cristo, ficou sendo mira forte do governo e foi até obrigado a fugir de alguns atentados. Sim, tinha de fato inimigos que não viam bem sua postura positiva a favor da Igreja e nem tão pouco a emancipação da classe pobre, defendida tenazmente pelo Santo.
O Papa Pio IX, então cabeça da Igreja, manifestou-se logo a favor de uma devoção pessoal para com a Auxiliadora e quando este sofrido Pontífice esteve no exílio, o nosso Santo lhe enviou 35 francos, recolhidos entre seus jovens do oratório. O Papa ficou profundamente comovido com esta atitude e conservou uma grande lembrança deste gesto de afeto de D. Bosco e da generosidade dos rapazes pobres.
E continuam muitas lutas políticas, desavenças, lutas e rixas entre Igreja e Estado.  Mas a 24 de maio, em Roma, o Papa Pio IX preside uma grandiosa celebração em honra de Maria Auxiliadora, na Igreja de Santa Maria.  E em 1862, houve uma grandiosa organização especificamente para obter da Auxiliadora, a proteção para o Papa diante das perseguições políticas que ferviam cada vez mais, em detrimento para a Igreja de Jesus Cristo.
Nestes momentos particularmente críticos, entre 1860-1862 para a Igreja, vemos que D. Bosco toma uma opção definitiva pela AUXILIADORA, título este que ele decide concentrar a devoção mariana por ele oferecida ao povo. E justamente em 1862, ele tem o “Sonho das Duas Colunas” e, no ano seguinte, seus primeiros acenos para a construção do célebre e grandioso Santuário de Maria Auxiliadora. E esta devoção à Mãe de Deus, desde então se expandiu imediata e amplamente.             
Dom Bosco ensinou aos membros da família Salesiana a amarem Nossa Senhora, invocando-a com o título de AUXILIADORA. Pode-se afirmar que a invocação de Maria como título de Auxiliadora teve um impulso enorme com Dom Bosco. Ficou tão conhecido o amor do Santo pela Virgem Auxiliadora a ponto de Ela ser conhecida também como a "Virgem de Dom Bosco".
Escreveu o santo: “A festa de Maria Auxiliadora deve ser o prelúdio da festa eterna que deveremos celebrar todos juntos um dia no Paraíso".

Pedindo proteção para a casa
Santíssima Virgem Maria
a quem Deus constituiu Auxiliadora dos Cristãos,
nós vos escolhemos como Senhora e Protetora desta casa.
Dignai-vos mostrar aqui Vosso auxílio poderoso.
Preservai esta casa de todo perigo:
do incêndio, da inundação, do raio, das tempestades,
dos ladrões, dos malfeitores, da guerra
e de todas as outras calamidades que conheceis.
Abençoai, protegei, defendei,
guardai como coisa vossa
as pessoas que vivem nesta casa.
Sobretudo concedei-lhes a graça mais importante,
a de viverem sempre na amizade de Deus,
evitando o pecado.
Dai-lhes a fé que tivestes na Palavra de Deus,
e o amor que nutristes para com Vosso Filho Jesus
e para com todos aqueles
pelos quais Ele morreu na cruz.
Maria, Auxílio dos Cristãos,
rogai por todos que moram nesta casa
que Vos foi consagrada.
Amém.

Fontes:

São Leôncio, Bispo de Rostov, Mártir (+1077), 23 de Maio

São Leôncio, um grego de Constantinopla, foi o primeiro monge das Grutas de Kiev que chegou a se tornar bispo e, pouco depois de 1051, foi chamado para governar a Eparquia de Rostov. Em seu governo levou adiante a tradição dos santos bispos missionários que o haviam precedido, tendo ainda mais êxito do que os seus antecessores na conversão dos pagãos, apesar da perseguição a que esteve submetido.
Diz-se que, graças ao dom de milagres que o céu lhe concedeu, concluiu a evangelização daquela região. Isto, porém, é pouco provável, já que Santo Abraão, cinqüenta anos mais tarde, esteve evangelizando nos arredores de Rostov – a não ser que a data do apostolado de Santo Abraão não seja precisa. São Leôncio morreu por volta do ano 1077.
Sempre foi considerado um mártir em virtude dos maus tratos sofridos nas mãos dos pagãos. Diz-se que os primeiros dois mártires da Rússia, no tempo de São Valdomiro, o Grande, foram leigos e, por isso é que São Leôncio é chamado “hieromártir“, isto é, mártir sacerdote. O nome de São Leôncio ainda é citado na preparação da Divina Liturgia bizantina.

Tradução e publicação neste site com permissão de Ortodoxia.org
Trad.: Pe. André

Fonte:

22/05/2011

Beata Irmã Dulce da Bahia, Religiosa, Fundadora (+1992), 22 de Maio - Beatificação

Maria Rita de Sousa Brito Lopes Pontes nasceu em Salvador, Bahia, em 26 de maio de 1914 e morreu na mesma cidade em 13 de março de 1992. Mais conhecida como Irmã Dulce, o Anjo bom da Bahia, foi uma religiosa católica brasileira. Irmã Dulce notabilizou-se por suas obras de caridade e de assistência aos pobres e aos necessitados.

Biografia
Quando criança, Maria Rita, filha do Dr. Augusto Lopes Pontes, dentista e professor da Universidade Federal da Bahia (UFBa), costumava rezar muito e pedia sinais a Santo Antônio, pois queria saber se deveria seguir a vida religiosa. Desde os treze anos de idade, ela começou a ajudar mendigos, enfermos e desvalidos. Nessa mesma idade, foi recusada pelo Convento do Desterro por ser jovem demais, voltando a estudar.
Em 1932, depois de se formar, entrou na Congregação das Irmãs Missionárias da Imaculada Conceição (Smic), localizada em Sergipe. Após seis meses de noviciado, tomou o hábito religioso. No dia 15 de agosto de 1934, fez sua profissão de fé e voltou à Bahia.
Desde então, dedicou toda a sua vida à caridade. Começou sua obra ocupando um barracão abandonado para abrigar mendigos. Chegou a receber a visita do Papa João Paulo II, quando esse esteve no Brasil, em virtude de seu trabalho com idosos, doentes, pobres, crianças e jovens carentes. Entre os diversos estabelecimentos que ela Irmã Dulce fundou estão o Hospital Santo Antônio, capaz de atender setecentos pacientes e duzentos casos ambulatoriais; e o Centro Educacional Santo Antônio (CESA), instalado em Simões Filho, que abriga mais de trezentas crianças de 3 a 17 anos. No Centro, os jovens têm acesso a cursos profissionalizantes. Irmã Dulce fundou também o “Círculo Operário da Bahia”, que, além de escola de ofícios, proporcionava atividades culturais e recreativas.
Em 11 de novembro de 1990, Irmã Dulce começou a apresentar problemas respiratórios, sendo internada no Hospital Português e depois transferida à UTI do Hospital Aliança e finalmente ao Hospital Santo Antônio. Em 20 de outubro de 1991, recebe no seu leito de enferma a visita do Papa João Paulo II. O Anjo Bom da Bahia morreu em seu quarto, aos setenta e sete anos, às 16:45 do dia 13 de março de 1992, ao lado de pessoas queridas por ela. Seu corpo foi sepultado no alto do Santo Cristo, na Basílica de Nossa Senhora da Conceição da Praia e depois transferido para a Capela do Hospital Santo Antônio, centro das Obras Assistenciais Irmã Dulce.
Em 21 de janeiro de 2009, a Congregação para as Causas dos Santos do Vaticano anunciou o voto favorável que reconhece Irmã Dulce como venerável[1] Em 3 de abril de 2009, o papa Bento XVI aprovou o decreto de reconhecimento de suas virtudes heróicas.
No dia 9 de junho de 2010 o corpo de irmã Dulce foi desenterrado, exumado, velado e sepultado pela segunda vez, sendo este o último estágio do processo de beatificação.
No dia 27 de outubro de 2010, foi anunciada pelo cardeal arcebispo de Salvador e primaz do Brasil, Dom Geraldo Majella Agnelo, em coletiva de imprensa realizada na sede das Obras Sociais Irmã Dulce (Osid) a beatificação, última etapa antes da canonização, da religiosa Irmã Dulce, tornando-a a primeira beata da Bahia.[2][3] O anúncio foi sucedido pelo decreto em 10 de dezembro de 2010 e aconteceu após o reconhecimento de um milagre pela intercessão da religiosa na recuperação de uma mulher sergipana, que havia sido desenganada pelos médicos após sofrer uma hemorragia durante o parto.[4] No dia 22 de Maio de 2011, Irmã Dulce receberá o título de Beatificação em Salvador, Capital da Bahia

Bibliografia
§ PASSARELI, Gaetano. Irmã Dulce: o anjo bom da Bahia. São Paulo: Paulinas, 2010. (ISBN 978-85-356-2602-5)

Referências
1.     Ribeiro, Perla (21 de janeiro de 2009). Venerável, Irmã Dulce fica mais perto da beatificação. Correio24Horas. Página visitada em 28 de outubro de 2010.
2.     Ramos, Cleidiana (27 de outubro de 2010). Dom Geraldo Majella anuncia beatificação de Irmã Dulce. A Tarde. Página visitada em 28 de outubro de 2010.
3.     Abreu, Diego (28 de outubro de 2010). Vaticano reconhece milagre atribuído a Irmã Dulce e prepara a beatificação. Correio Braziliense. Página visitada em 28 de outubro de 2010.
4.     Folha de S.Paulo. (26 de dezembro de 2010). Missa de beatificação de Irmã Dulce será realizada em maio. Caderno Poder

Ligações externas
O Wikiquote possui citações de/ou sobre: Irmã Dulce
§ Página do Centro Educacional Santo Antônio (CESA) 



Fontes:

21/05/2011

Santo Eugênio de Mazenod, Bispo, Fundador da Congregação dos Oblatos de Maria Imaculada (1782-1861), 21 de Maio

Charles-Joseph-Eugène de Mazenod nasceu no dia 1º de Agosto de 1782 em Aix-en-Provence, no Sul da França, num mundo em plena (e rápida) evolução. Aparentemente, o menino já tinha uma carreira brilhante assegurada e uma vida abastada graças à sua família, que pertencia à pequena nobreza. No entanto, as perturbações decorrentes da Revolução Francesa (1789) iriam mudar para sempre a situação de Eugênio, que tinha somente oito anos quando sua família teve que fugir da França deixando todos os seus bens para trás. Começava, então, para a família Mazenod um longo e penoso exílio que duraria onze anos.   

Os anos na Itália:  
A família Mazenod partiu para o exílio na Itália, indo de uma cidadela à outra. O pai, que havia sido Presidente da Câmara no Parlamento de Aix, viu-se obrigado a entrar para o ramo do comércio para poder manter sua família. Porém ele se revelou tão pouco hábil para os negócios que, ao fim de alguns anos, sua família estava à beira da ruína. Eugênio estudou algum tempo no Colégio dos Nobres, em Turim, mas a necessidade de partir rumo a Veneza marcaria, para ele, o fim de uma freqüência escolar regular.
Um sacerdote local, Don Bartolo Zinelli, que era próximo à família Mazenod, decidiu ajudar na formação do jovem francês. Don Bartolo deu a Eugênio uma educação fundamental impregnada do sentido de Deus e do desejo de uma vida piedosa, algo que o acompanharia para sempre, apesar dos altos e baixos de sua existência. 
Uma nova mudança, desta vez rumo a Nápoles, acarretou um período de aborrecimento combinado a um sentimento de impotência. A família mudou-se novamente, desta vez para Palermo onde, graças à bondade do Duque e da Duquesa Cannizzaro, Eugênio pôde experimentar, pela primeira vez depois de muito tempo, da nobreza que ele achava tão agradável. Ele recebeu o título de "Conde de Mazenod", iniciou-se nos hábitos do tribunal e pôs-se a sonhar com um futuro brilhante.

O retorno à França – o sacerdócio: 
Em 1802, aos 20 anos de idade, Eugênio pôde retornar ao seu país natal. Todos os seus sonhos e ilusões rapidamente se desfizeram. Na França, ele não passava de “Cidadão” Mazenod. Aquele país havia mudado demais! Seus pais haviam se separado. Sua mãe tentava recuperar o patrimônio familiar e se ocupava em tentar casar Eugênio com uma herdeira mais rica. O jovem tornou-se pessimista face ao futuro que se lhe apresentava. Mas o seu cuidado tão espontâneo com os outros, aliado à fé que havia desenvolvido em Veneza, começaram a se estabelecer na vida de Eugênio, que ficou profundamente tocado pela situação desastrosa em que se encontrava a Igreja na França, provocada, atacada e dizimada pela Revolução Francesa.
O chamado ao sacerdócio começou a se manifestar e Eugênio o atendeu e, a despeito da oposição de sua mãe, entrou para o Seminário Saint-Sulpice em Paris. Em 21 de Dezembro de 1811, foi ordenado sacerdote em Amiens.

Os engajamentos apostólicos: Oblatos de Maria Imaculada 
Retornando a Aix-en-Provence, ele não assumiu paróquia alguma, mas começou a exercer seu ministério ocupando-se especialmente em ajudar espiritualmente os mais pobres: os prisioneiros, os jovens, os empregados, os camponeses. Freqüentemente, Eugênio enfrentou a oposição do clero local. Porém, logo encontrou outros sacerdotes igualmente zelosos e prontos a quebrar as regras (em nome do Reino de Deus – N.T.). Eugênio e seus companheiros pregavam em provençal, a linguagem corrente dos seus interlocutores, e não em francês, que era a língua das pessoas instruídas. Eles iam de aldeia em aldeia ensinando aos aldeões e passando horas e horas nos confessionários. Entre essas “missões paroquiais”, o grupo se reencontrava para uma intensa vida comunitária de oração, estudo e de vivência da fraternidade. Eles se denominavam “Os Missionários da Provença”.
Para assegurar a continuidade da obra, Eugênio tomou uma importante decisão: foi até o Papa e pediu-lhe autorização para que seu grupo fosse reconhecido como Congregação de Direito Pontifício.  Sua fé e sua perseverança deram frutos e foi assim que, em 17 de Fevereiro de 1826, o Papa Leão XII aprovou a nova Congregação sob o nome de "Oblatos de Maria Imaculada". Eugênio foi eleito Superior Geral e continuou a inspirar e guiar seus membros durante 35 anos, até a sua morte.
O número de obras crescia: pregações, confissões, ministérios jovens, responsabilidade por santuários mariais e paróquias, visitas a prisões, direções de seminários. No cumprimento de tantas tarefas, Eugênio sempre insistia na necessidade de uma profunda formação espiritual e de uma intensa vida comunitária. Ele amava Jesus Cristo apaixonadamente e estava sempre pronto a assumir um novo compromisso se enxergava nisso uma resposta às necessidades da Igreja. A “glória de Deus, o bem da Igreja e a santificação das almas” eram a fonte do seu dinamismo interior.

Bispo de Marselha
A diocese de Marselha havia sido extinta após a Concordata de 1802 entre Napoleão Bonaparte e o Papa Pio VII. Ao ser restabelecida, o tio de Eugênio, Cônego Fortunato de Mazenod, foi então nomeado para ser o Bispo responsável por aquela região. Logo depois, o novo Bispo empossou Eugênio como Vigário Geral, e foi assim que o imenso canteiro de obras da reconstrução da diocese acabou ficando sob sua responsabilidade.
Após alguns anos, em 1832, o próprio Eugênio foi nomeado Bispo auxiliar do seu tio. Sua ordenação episcopal aconteceu em Roma, o que foi considerado como um desafio ao governo francês, que se achava no direito de confirmar tais nomeações. Seguiu-se uma acirrada batalha diplomática, estando Eugênio no centro de acusações, incompreensões, ameaças e recriminações.
Para ele, este foi um período doloroso, uma dor aumentada ainda mais pelas crescentes dificuldades enfrentadas por sua própria família religiosa. Todavia, Eugênio manteve-se firme no rumo certo e, finalmente, as coisas se acalmaram. Cinco anos mais tarde, quando seu tio se aposentou, ele foi nomeado Bispo de Marselha.

Um coração do tamanho do mundo:
Mesmo que ele tenha fundado os Oblatos de Maria Imaculada, inicialmente, para levar os serviços da fé aos pobres dos campos da França, o zelo de Eugênio pelo Reino de Deus e seu amor pela Igreja conduziram os Oblatos à condição do apostolado missionário, levando-os a se instalarem na Suíça, na Inglaterra e na Irlanda. Devido ao seu zelo apostólico, Eugênio era visto como um “segundo São Paulo”.
Bispos missionários vieram pedir-lhe que enviasse Oblatos às suas áreas apostólicas em expansão. Apesar do pequeno número de membros do seu Instituto, Eugênio respondeu generosamente, enviando seus missionários ao Canadá, aos Estados Unidos, ao Ceilão (atual Sri Lanka), à África do Sul à Basutolândia (atual Lesoto). 
Missionários ao seu modo, eles se espalharam pregando, batizando, levando a todos o seu apoio. Freqüentemente eles se instalavam em terras ignoradas, estabelecendo e dirigindo novas dioceses e de vários modos eles “ousavam tudo para fazer avançar o Reino de Deus”. Durante os anos que se seguiram, o ímpeto missionário continuou de tal forma que atualmente o espírito de Eugênio de Mazenod está bem vivo em 68 países.

Pastor de sua Diocese:  
Em meio à agitação das atividades missionárias, Eugênio revelava-se o eminente pastor da Diocese de Marselha. Ele assegurou a melhor formação aos seus sacerdotes, estabeleceu novas paróquias, construiu uma nova catedral e uma basílica espetacular, Nossa Senhora da Guarda, que dominava a paisagem da cidade.
Encorajava seus sacerdotes a buscarem o caminho da santidade, convidava um grande número de comunidades religiosas a trabalharem em sua diocese e liderava os Bispos franceses no apoio ao Papa pelos seus direitos. Tornou-se uma figura reconhecida da Igreja da França.
Em 1856, o imperador Napoleão III nomeou-o senador. Na ocasião de sua morte, Eugênio era o deão dos Bispos da França.

A herança de um santo:  
Em 21 de maio de 1861, Eugênio de Mazenod retornou para o Pai aos 79 anos de idade. Assim terminava uma vida riquíssima em realizações, muitas das quais haviam sido conquistadas à base de muito sofrimento. Para a sua família religiosa e sua diocese, ele havia sido ao mesmo tempo ponto de apoio e inspiração; para Deus e a Igreja, um filho fiel e generoso.
No momento de sua morte, Eugênio deixou uma última recomendação: “Entre vós, praticai bem a caridade! A caridade e no mundo, o zelo pela salvação das almas.” A Igreja, declarando-o “Santo” em 3 de Dezembro de 1995, destaca estes dois aspectos de sua vida: o amor e o zelo. Sua vida e obra permanecem para sempre uma abertura ao mistério do próprio Deus. Este é o maior dom que Eugênio de Mazenod, Oblato de Maria Imaculada, pode nos oferecer.

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Tradução e Adaptação:
Gisèle do Prado

Fontes:
http://www.evangelhoquotidiano.org/zoom_img.php?frame=46525&language=FR&img=&sz=full