05/07/2011

São Procópio, Mártir, 08 de Julho

São Procópio foi o primeiro dos mártires da Palestina, logo no começo da Era Cristã. Era um homem cheio da graça divina que, desde menino cultivou a castidade, exercitando-se na prática das virtudes. A força que sua alma encontrava na palavra de Deus dava vigor ao seu corpo. Sobrevivia a pão e água, alimentando-se somente a cada dois ou três dias. Em certas ocasiões prolongava seu jejum por uma semana inteira (vale lembrar que, naquela época, muitas vezes os alimentos eram escassos e a pobreza era muito grande, naquela região. De certa forma, as pessoas já estavam habituadas a se alimentarem pouco – G.P.). A meditação da palavra de Deus absorvia sua atenção dia e noite, sem a menor fadiga. Era amável e bondoso, mas se considerava o último dos homens, e a todos edificava com suas palavras. Concentrava seus estudos na Palavra de Deus e tinha apenas algum conhecimento das ciências profanas. Nasceu em Aelia (Jerusalém), mas residia em Escitópolis (Betsán), onde desempenhava três cargos eclesiásticos. Lia e traduzia a língua síria e expulsava os maus espíritos através da imposição de mãos.
Enviado com seus companheiros, de Escitópolis a Cesaréia, foi preso enquanto atravessava pelos portões da cidade. Antes de ser algemado e conduzido à prisão, Procópio foi levado ante o juiz Flaviano, que tentou persuadi-lo de oferecer sacrifícios aos deuses. Mas ele proclamou em alta voz que «só existe um Deus, criador e autor de todas as coisas». Esta resposta impressionou o juiz que, não tendo como replicar, buscou ainda convencê-lo a que, ao menos, oferecesse sacrifícios aos imperadores. Porém, o mártir de Deus, ignorando seu conselho, reagiu. «Lembra-te, disse ele, dos versos de Homero: ‘Não convêm que haja muitos senhores’; tenhamos, pois, um só chefe e um só rei.» Como essas palavras representassem uma injúria contra os imperadores, o juiz ordenou que Procópio fosse executado imediatamente.
Os carrascos cortaram-lhe a cabeça, e assim Procópio passou para a eternidade, no sétimo dia do mês de julho, no primeiro ano de nossa perseguição. Este martírio teve lugar em Cesaréia.

Tradução e publicação neste site com permissão de: Ortodoxia.org
Trad.: Pe. André

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