29/06/2011

São Pedro e São Paulo, Apóstolos, Mártires (+ Século I), 29 de Junho

São Pedro
Comemoramos hoje o dia dedicado ao príncipe dos Apóstolos e primeiro Papa da Igreja, São Pedro. Esta festa foi instituída por volta do século IV, antes mesmo de ser definida a data atual da festa do Natal.
Ele era um pescador e o seu nome originalmente era Simão, filho de Jonas e irmão de André. Mas Jesus mudou-lhe o nome para Pedro que significa pedra, pois ele seria a rocha forte sobre a qual Jesus edificaria a sua Igreja. Por isso comprovadamente ele foi o primeiro Papa da Igreja Católica Apostólica Romana.
Uma parte importante da sua vida está documentada nos Evangelhos e nos Atos dos Apóstolos; sobre a sua vida em Roma existem muitas e belas narrativas passadas de geração em geração, algumas delas contadas em diferentes romances inspirados nos primeiros tempos da Igreja.
Morreu crucificado como Jesus, mas de cabeça para baixo, pois não se achava digno de morrer de maneira igual ao mestre.

São Paulo
Judeu, da tribo de Benjamim, originário de Tarso, chamava-se Saulo. Converteu-se ao cristianismo e tornou-se o grande e insuperável missionário, o apóstolo dos gentios. Foi ele quem lançou as bases da evangelização no mundo helênico, fundando numerosas comunidades e percorrendo toda a Ásia Menor, a Grécia e Roma, anunciando o Evangelho de Jesus Cristo crucificado, morto e ressuscitado pelo poder de Deus.
São Paulo foi o primeiro a elaborar uma teologia cristã. Ao lado dos Evangelhos, as suas epístolas são as fontes de todo o pensamento e de toda a vida mística cristã. Isto o coloca num lugar de destaque entre os maiores pensadores da história do cristianismo. 
São Paulo era um homem de fortes paixões e de grande poder de liderança e de organização. É a figura mais cosmopolita de toda a Bíblia. Segundo os estudiosos, Paulo era um homem da cidade, e em nenhum lugar de seus escritos mostra qualquer mentalidade ou interesse pela vida rural ou pela vila. 
Nunca houve conversão mais ruidosa do que a sua, tão pouco houve mais sincera, pois o mais furioso perseguidor de Jesus Cristo passou, de repente, a ser um dos seus mais fervorosos apóstolos. 

Fontes:

27/06/2011

Santos Ciro e João, Mártires (+ Século III), 28 de Junho

Estes santos viveram no tempo de Diocleciano. São Ciro era de Alexandria e São João, de Edessa, na Mesopotâmia. Devido à perseguição aos cristãos daqueles tempos, Ciro fugiu para o Golfo da Arábia, onde havia uma pequena comunidade de monges. João, que era soldado, tomou conhecimento da fama de Ciro e foi ao seu encontro. A partir de então, eles passaram a vida trabalhando juntos, curando muitas pessoas enfermas pela graça de Cristo.
Eles ouviram dizer que uma mulher de nome Atanásia havia sido presa com suas três filhas, Teodora, Teóctiste e Eudóxia. A mãe temia muito pela juventude de suas filhas, pois era comum submeter os cristãos ao martírio para que renunciassem a sua fé. Ao ficarem sabendo dos santos, foram ao seu encontro, pelo que também estes foram encontrados e detidos.
Depois de muitas torturas, Ciro, João, a mãe e suas três filhas foram decapitados, no ano 292. O local onde seus corpos foram sepultados tornou-se muito afamado e centro de peregrinação no Egito.
Tradução e publicação neste site com autorização de Ortodoxia.org
Trad.: Pe. André

Fonte:

Santa Joana, a Mirófora, Discípula de Jesus (+ Século I), 27 de Junho

Falecimento         Século I
Canonização        Pré-Congregação
Venerada por      Igrejas Ortodoxa, Católica Romana, Anglicana, Luterana
Festa                    3º Domingo da Páscoa e 27 de Junho (Ortodoxos), 24 de Maio (Católicos Romanos), 3 de Agosto (Luteranos) 

Joana, ou Joana a Mirófora, é um personagem do Novo Testamento associado à vida de Jesus e é freqüentemente considerada como uma de suas discípulas.

No Evangelho

Santa Joana é uma das mulheres mencionadas no Evangelho de São Lucas, as que acompanharam Jesus e os Doze Apóstolos1 : «Maria, chamada Madalena, de quem haviam saído sete demônios, Joana, mulher de Cuza, intendente de Herodes, Suzana e muitas outras, que os auxiliavam com seus bens2 ».
Joana era possivelmente viúva de Cuza, ou então seguia Jesus com o consentimento de seu marido3. Na verdade, era costume dos Judeus, naquela época, que os pregadores fossem seguidos por algumas mulheres piedosas, sem que isso causasse escândalo3.
Joana aparece entre as mulheres que foram ao túmulo de Jesus para embalsamar Seu Corpo segundo a narrativa do Evangelho de Lucas. Foram também estas mulheres que contaram aos Apóstolos e aos outros discípulos que o túmulo estava vazio e que «dois homens com vestes resplandecentes» lhes haviam aparecido4.
Para os especialistas do Novo Testamento Richard Bauckham e Ben Witherington III, a discípula Joana e a cristã Júnias, mencionada por Paulo na sua Epístola aos Romanos (Romanos 16, 7), seriam na verdade a mesma pessoa5,6.

Santa
Joana a Mirófora é honrada como santa honrada como santa pela Igreja Ortodoxa no «Domingo das Miróforas», que corresponde ao terceiro domingo da Páscoa Ortodoxa, e o dia 27 de Junho. A Igreja Católica Romana a festeja em 24 de Maio7. Enfim, ela é celebrada pela Igreja Luterana – Sínodo do Missouri em 3 de Agosto, com Santa Salomé.

Anexos – Links externos

Notas
1.          Lc 8. 2-3 [arquivo]
2.          Tradução : Bíblia de Jerusalém
3.          a et b François Sabbathier, Dictionnaire pour l'intelligence des auteurs classiques, grecs et latins, 23º tomo, Paris, Delalain, 1777, páginas 103 et 104 [arquivo]
4.          Lc 24. 4 [arquivo]
5.          (en) Richard Bauckham, Gospel Women : Studies of the Named Women in the Gospels, Continuum International Publishing Group, 2002, páginas 109-202, (ISBN 9780567088703)
6.          (en) « Joanna, Apostle of the Lord – or Jailbait ? », Bible Review 21.2, primavera 2005, pp. 12-14, 46-47
7.          (en) St. Joanna [arquivo], Catholic.org. Consultado em 21 de janeiro de 2009.

Tradução e Adaptação:
Gisèle do Prado
giseledoprado70@gmail.com

Fontes:

26/06/2011

São Pelágio (ou Paio), Mártir (+925), 26 de Junho

São Pelágio (ou Paio) era natural da Galícia e sobrinho de Hermígio, bispo de Tui. Nasceu no início do Século X.
Tendo participado, como pajem, na dura batalha que opôs Ordonho II de Leão a Abdemarrão III, emir de Córdoba, foi feito prisioneiro e levado para esta cidade. As negociações entre as partes permitiram a libertação do bispo Hermígio, mas Paio teve de ficar como refém, apesar de ser ainda muito novo.
A sua formosura despertou sentimentos de desejo tanto no rei como num dos seus filhos, que tudo fizeram para seduzi-lo. A todos resistiu o jovem, o que exacerbou a ira do rei que o mandou torturar até que cedesse aos seus apetites. No entanto, a fortaleza de ânimo de Paio foi superior à violência dos algozes que o despedaçaram e acabaram por lançá-lo ao rio Guadalquivir. Tinha 13 anos de idade.
A sua fama espalhou-se por todo o nordeste da Península, havendo hoje muitas localidades portuguesas que têm o seu nome.

Fontes:
http://www.evangelhoquotidiano.org/main.php?language=PT&module=saintfeast&localdate=20110626&id=11530&fd=0

25/06/2011

Santa Febrônia, Leiga Celibatária, Mártir (+ Século IV), 25 de Junho

Santa Febrônia é venerada pelas Igrejas do Oriente, incluindo a de Etiópia, enquanto que, no Ocidente, é conhecida e venerada nas cidades de Trani, Apúlia e Patti, na Sicília, onde se diz que são conservadas algumas de suas relíquias. Ela sofreu o martírio em Nísibis, na Mesopotâmia, por volta do ano 304, durante a perseguição de Diocleciano. Quando Febrônia contava apenas dois anos de idade, seus pais a deixaram aos cuidados de sua tia Briene, que dirigia um monastério em Nísibis. Ali ela cresceu, tornando-se uma bela jovem de alma tão cândida que ignorava por completo o mundo exterior, preocupando-se apenas em adornar-se com as virtudes que a tornassem digna da promessa celestial. Sua tia, Briene, cuidou – segundo os padrões da época em que viviam – com escrupuloso esmero de sua educação, preparando-a para as tentações que necessariamente a assaltariam, não permitindo que a sobrinha comesse senão de três em três dias, e obrigando-a a dormir sobre uma estreita prancha de madeira.
Febrônia era uma menina inteligente, e soube aproveitar muito bem os ensinamentos que lhe eram ministrados, a tal ponto que, com a idade de dezoito anos, recebeu a tarefa de ler e explicar as Escrituras para as monjas todas as sextas-feiras. As mais nobres e destacadas damas da cidade assistiam a estas leituras, mas a tia Briene tinha tomado a precaução de manter oculto sob um véu o belo rosto de Febrônia, para que as senhoras não a advertissem de sua extraordinária beleza e, ao mesmo tempo, para não perturbar a menina que, ao longo de sua vida, não tinha visto a ninguém, a não ser as outras monjas.
A pacífica existência no convento foi brutalmente interrompida pela perseguição. Os cruéis editais de Diocleciano foram aplicados com especial ferocidade em Nisibis, pelo prefeito Seleno. Os clérigos, juntamente com o bispo, saíram rapidamente em fuga, e todos os religiosos seguiram o exemplo; permaneceram no claustro apenas Briene, sua sobrinha Febrônia, que estava se recuperando de uma grave doença, e Tomáis. Quando os oficiais chegaram para fazer um registro no convento, não se preocuparam em prender as duas monjas mais idosas, mas apenas levaram Febrônia.
No dia seguinte, ela foi levada ao tribunal, diante do prefeito Seleno. O prefeito, por sua vez, encarregou a seu sobrinho Lisímaco a tarefa de interrogá-la. O jovem começou a fazê-lo com cortesia e até com certa condescendência, pois sua mãe era cristã e, assim, não continha a sua simpatia pela prisioneira. Mas Seleno interveio intempestivamente e, com certa malícia, prometeu a Febrônia a sua liberdade e grande riqueza se, renunciando à sua fé, consentisse em se casar com Lisímaco. A bela jovem respondeu simplesmente que não desejava riquezas, pois que já possuía um grande tesouro no céu; e que não estava à procura de um marido, já que desposava seu Imortal Prometido, que lhe dava como dote o Reino dos Céus. Furioso com tal resposta, Seleno ordenou que a jovem fosse despida, pendurada pelos braços sobre brasas e açoitada. Os soldados executaram a ordem, arrancando-lhe ainda dezessete dentes e cortando-lhe os seios. Entre os indignados protestos da multidão que lotava a sala, os torturadores foram ainda mais cruéis com sua vítima; fizeram-lhe em pedaços os seus membros e, finalmente, vendo que a santa ainda vivia, puseram fim à sua vida a golpes de machado.
Pouco depois, Seleno recebeu a retribuição pela atrocidade de suas ações: um ataque súbito de loucura o levou a voltar-se contra si próprio e, arremessando-se de cabeça contra as colunas de mármore de seu palácio, morreu ao ter o próprio crânio destroçado pelos impactos. Por ordem de Lisímaco, os restos mortais de Febrônia foram reunidos e levados a um digno e magnífico funeral. O espantoso martírio de Febrônia fez com que um grande número de pagãos pedisse o batismo. Lisímaco foi um dos primeiros e mais tarde, no tempo do imperador Constantino, tomou o hábito monástico.

Tradução e publicação neste site com permissão de Ortodoxia.org
Trad.: Pe. André

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24/06/2011

Natividade do Glorioso Profeta e Precursor São João Batista, 24 de Junho

Neste dia 24 de junho, os cristãos do Oriente e do Ocidente celebram o nascimento de São João Batista. Também coincide, nas duas tradições, a data em que se celebra o seu martírio, em 29 de agosto. No Oriente bizantino, porém, as comemorações do grande Profeta e Precursor são sem dúvida mais numerosas. Com relação ao nascimento, os calendários bizantinos assinalam, no dia 23 de setembro, a data da concepção do “glorioso Profeta, Precursor João, o que batizou Jesus no Jordão”. Antigamente também os martirológios latinos registravam essa comemoração em 24 de setembro; porém a partir do Século XV foi abolida.  
Na tradição oriental é comum iconografar São João Batista na forma de um Anjo. Com efeito, “era mais que um homem”, como diz o Evangelho, e a palavra “mensageiro” (em grego «aggelo») coincide com nossa tradução, «anjo». Sendo um dos santos mais venerados no Oriente bizantino, é compreensível que muitas sejam as formas de representá-lo em ícones: encontramo-lo representado sozinho ou em episódios da sua vida, especialmente o da sua decapitação.  João é filho de Zacarias, que, por causa de sua pouca fé, tornou-se mudo, e de Isabel, aquela que era estéril. O nascimento de João Batista anuncia a chegada dos tempos messiânicos, nos quais a esterilidade se tornará fecundidade, e o mutismo, exuberância profética.

Fonte:

22/06/2011

Santa Agripina, Celibatária, Mártir, 23 de Junho

Santa Agripina, celibatária e mártir, é muito venerada na Sicília e, em menor grau, na Grécia. Sabe-se que era uma jovem de nascimento nobre e que, por causa de sua fé cristã teria morrido, ou por decapitação ou depois de duros açoites, durante o reinado de Valeriano, ou na perseguição de Diocleciano.
Após o martírio, três mulheres cristãs de nomes, Bassa, Paula e Agatônice recolheram o corpo da jovem Agripina e levaram-no para Mineo, na Sicília, para ali sepultá-lo. Parece que, em seu túmulo, muitos milagres foram operados, incluindo curas de males irremediáveis e de pessoas possessas.
Sabe-se que as relíquias da santa foram trasladadas de Sicília para Constantinopla, presumivelmente, para evitar a profanação pelos infiéis. Santa Agripina é invocada contra os espíritos malignos, hanseníase e tempestades violentas.

Tradução e publicação neste site com permissão de Ortodoxia.org
Trad.: Pe. André
Fonte:

Santo Eusébio, Bispo de Samosata (+ Século IV), 22 de Junho

Nada se sabe sobre a origem e a primeira parte da vida de Santo Eusébio. A história começa a registrar sua existência por volta do ano 361, quando já era bispo de Samosata e, como tal, participou do sínodo convocado em Antioquia para eleger o sucessor de bispo Eudóxio. Justamente, pelos esforços que empreendeu o bispo Eusébio, o Sínodo elegeu São Melécio, antigo bispo de Sebaste, e um homem venerado por sua piedade e sabedoria. Grande parte dos eleitores eram arianos e alimentavam a esperança de que, se votasse em favor de Melécio, este iria favorecer a sua doutrina, pelo menos tacitamente. Os arianos, porém, se decepcionaram ao ouvir no primeiro discurso do novo bispo de Antioquia, na presença do imperador Constâncio, que também era ariano, a reafirmação da doutrina ortodoxa da Encarnação, tal como havia sido exposta no Credo de Nicéia.
Após este sermão, os arianos, furiosos, procuraram de todas as formas se livrarem do bispo, e o imperador Constâncio enviou um emissário a Santo Eusébio para pedir-lhe que entregasse as Atas Sinodais da eleição que havia sido confiada aos seus cuidados. Santo Eusébio respondeu que não poderia fazê-lo sem o prévio consentimento e aprovação de todos e cada um dos signatários. Este foi então ameaçado de ter sua mão direita decepada, se persistisse em sua atitude. O santo, estendendo as suas duas mãos, disse estar disposto e pronto a perdê-las, antes que trair a confiança que nele havia sido depositada. O imperador ficou muito impressionado com a coragem do bispo e já não mais insistiu.
Durante algum tempo após esse incidente, Santo Eusébio participou ainda nos concílios e conferências dos arianos e semi-arianos, a fim de sustentar a verdade e na esperança e alcançar a unidade, mas a partir do Concílio de Antioquia, em 363, Santo Eusébio deixou de comparecer nas reuniões, porque percebeu que sua atitude escandalizava aos ortodoxos. Nove anos mais tarde, atendendo a um chamado urgente do já idoso São Gregório de Nazianzo, foi à Capadócia e lá exerceu sua influência e experiência em favor de São Basílio, na eleição para a sede vacante de Cesaréia.
Tão notáveis foram os serviços prestados nessa ocasião que o jovem Gregório, numa carta escrita, refere-se a Eusébio como «a coluna da verdade, luz do mundo, instrumento da graça de Deus para o seu povo, apoio e glória de toda a ortodoxia». Entre São Basílio e Santo Eusébio se estabeleceu uma sincera amizade que continuou, mais tarde, através das cartas. Quando teve início a perseguição de Valente, Santo Eusébio, não satisfeito em proteger os seus próprios fiéis da heresia, empreendeu, de maneira incógnita, várias viagens para a Síria e Palestina para fortalecer a fé dos católicos, ordenar sacerdotes e ajudar aos bispos ortodoxos a nomear verdadeiros e dignos pastores para ocupar as sedes que ficavam vacantes.
Seu extraordinário zelo despertou a animosidade dos arianos e, em 374, o Imperador Valente promulgou uma ordem que o condenava ao exílio em Trácia. Quando o oficial encarregado de fazer cumprir a ordem imperial foi apresentado a Santo Eusébio, o bispo rogou-lhe para que procedesse com toda a discrição, pois, se o povo suspeitasse do que estava acontecendo, podiam eles ser atacados e até mortos. Naquela mesma noite, portanto, depois de rezar o ofício, como de costume, enquanto todos dormiam, deixou calmamente a sua casa em companhia de um dos seus servidores, indo em direção ao Eufrates onde embarcou.
Na manhã seguinte, quando alguns de seu povo perceberam que ele tinha partido, saíram em sua busca; alguns, tendo-o encontrado, suplicaram entre lágrimas, para que não os deixasse. Ele também chorou muito diante das manifestações de afeto daquelas pessoas, mas explicou-lhes que era necessário obedecer as ordens do imperador, exortando-os a confiar em Deus que tudo seria resolvido satisfatoriamente a seu tempo. Seus fiéis, numa demonstração de fidelidade ao seu bispo, recusaram-se a qualquer contato com os dois bispos arianos que ocuparam a sede durante seu exílio.
A morte de Valente, em 378, pôs fim à perseguição e Santo Eusébio que pode então retornar à sua sede e ao seu povo. Os sofrimentos do exílio em nada diminuíram seu zelo e piedade. Graças aos seus esforços, restabeleceu, em toda a sua diocese, a unidade ortodoxa, e as sedes vizinhas foram ocupadas por prelados ortodoxos.
Santo Eusébio estava visitando a cidade de Dolikha para lá instalar um bispo quando uma mulher ariana, escondida no telhado de uma casa, atirou-lhe uma pesada pedra sobre a sua cabeça. O golpe que recebeu foi fatal e, como conseqüência, morreu alguns dias depois, tendo a promessa de seus amigos de que não reagiriam perseguindo ou castigando sua agressora.

Tradução e publicação neste site com permissão de Ortodoxia.org
Trad.: Pe. André
Fonte:

São Luís Gonzaga, Religioso (+1591), 21 de Junho

São Luís Gonzaga nasceu em Mântua, Itália, em 1568 e morreu com 23 anos de idade, em 1591. É o patrono da juventude, e o seu corpo repousa na Igreja de Santo Inácio, em Roma. 
Recebeu educação esmerada e freqüentou os ambientes mais sofisticados da alta nobreza italiana: Corte dos Médici, em Florença; Corte de Mântua; Corte de Habsburgos, em Madrid. Foi pajem do príncipe Diego, filho de Filipe II. 
Para surpresa de todos, optou pela vida religiosa, derrubando por terra os interesses nele depositados pelo pai. Finalmente conseguiu realizar o seu ideal: entrar para a Companhia de Jesus. Entretanto, viveu ali apenas seis anos. Morreu mártir da caridade ao serviço daqueles atacados pela peste, em Roma, a 21 de Junho de 1591. A 21 de Julho de 1604 a mãe pôde venerar como Beato a Luís, seu filho primogênito.
Deixou a coroa de marquês, fez-lhe Deus presente a coroa dos Santos. Morreu aos 24 anos. Foi canonizado por Bento XIII em 1724 e pelo mesmo Papa dado como padroeiro à juventude que estuda. 

Fontes: 
http://www.evangelhoquotidiano.org/main.php?language=PT&module=saintfeast&localdate=20110621&id=11552&fd=0

São Metódio, Sacerdote, Bispo de Patáron, Mártir (+ Século IV), 20 de Junho

São Metódio viveu no Século IV d.C.. Homem de uma grande sabedoria e filantropia, Metódio foi rapidamente elevado ao topo da hierarquia da Igreja.
Ele foi um eminente teólogo e o primeiro a negar os escritos hereges de Orígenes, de acordo com Jerônimo e Sócrates, historiador que foi bispo de Olimpo, em Lycia e, mais tarde, em Nefmático, na Fenícia, embora tenha sido mais conhecido como Bispo de Patáron, por seu famoso escrito no qual refletia sobre a ressurreição realizada naquela cidade.
O santo foi martirizado na cidade grega de Jalkis no ano 311, sob o imperador Máximo. Entre os seus escritos destaca-se «Simpósio das Dez Virgens».

Tradução e publicação neste site com permissão de Ortodoxia.org
Trad.: Pe. André
Fonte:

Juliana de Falconieri, Religiosa, Fundadora (+1341), 19 de Junho

Santa Juliana nasceu em 1270 e morreu em 1341. Aos 14 anos recebeu o hábito da Ordem Terceira da Congregação dos Servitas, fundada por seu tio Santo Alexis Falconieri. O hábito e mais tarde a profissão foram-lhe dadas por São Felipe Benício, que veio a falecer pouco depois, não sem antes ter recomendado a Congregação à jovem freira. Juliana dedicou-se com afinco à organização da Congregação.
Em 1304, o papa Bento XI transformou a Congregação numa ordem religiosa da qual Juliana se tornou Superiora. Apesar do cargo, procurava os serviços mais humildes. No convento, Juliana pôde dedicar-se à ascese espiritual baseada numa vida de intensa oração e de constante penitência. Além disso, dedicava-se aos pobres e aos doentes, que curava ao contacto com suas mãos.
Acometida por uma doença no estômago, no final de sua vida já não conseguia alimentar-se, nem mesmo receber a Eucaristia. Na hora da morte estendeu-se por terra com os braços em cruz e pediu que lhe colocassem a Santa Hóstia sobre o peito. Assim que foi depositada, a hóstia desapareceu misteriosamente e Juliana morreu dizendo: "Meu doce Jesus".
Ao ser preparada para a sepultura, encontrou-se sobre o seu coração a marca da hóstia como um selo, com a imagem de Jesus crucificado. Em memória desse acontecimento, as religiosas da sua ordem trazem a imagem de uma hóstia no escapulário.

Fontes:
http://www.evangelhoquotidiano.org/main.php?language=PT&module=saintfeast&localdate=20110619&id=11549&fd=0

Santos Leôncio, Hipácio e Teódulo, Mártires (+ Século I), 18 de Junho

Os santos mártires Leôncio, Hipácio e Teódulo, padeceram durante o império de Vespasiano (ano 70-79), na cidade de Trípoli, Fenícia. Leôncio era grego de nascimento, militar de alta patente do exército romano, inteligente e preparado por natureza, um perito em cultura literária, virtuoso, compassivo com os pobres e muito hospitaleiro.
Num certo dia, denunciaram ao governador que Leôncio orientava às pessoas a não venerar nem oferecer sacrifícios aos deuses pagãos. O governador ordenou ao tribuno Hipácio que, sob o seu comando, um esquadrão de soldados fossem ao encontro de Leôncio para detê-lo. Durante a viagem, Hipácio ficou gravemente enfermo, vendo a morte diante de si. Então, um anjo lhe apareceu e disse: «Se queres te curar, implora três três vezes ao céu junto com teus soldados: ‘Deus, que é adorado por Leôncio, ajuda-me!’» Todos fizeram como o anjo havia instruído e o Tribuno ficou prontamente restabelecido.
Já na cidade, Hipácio e o soldado Teódulo, encontraram uma pessoa que os convidou para a sua casa. Era o próprio Leôncio em pessoa que, então, os instruiu na fé cristã , batizando-os, mais tarde. Num certo dia o governador chegou à cidade e ficou sabendo do que tinha acontecido. Entregou então ao martírio os três, Leôncio, Hipácio e Teódulo. Os Santos Hipácio e Teódulo foram decapitados e, São Leôncio foi espancado até a morte. Os cristãos deram aos três mártires uma digna sepultura, próximo ao porto de Trípoli.

Tradução e publicação neste site com autorização de Ortodoxia.org
Trad.: Pe. André
Fonte:

18/06/2011

São Raniero (ou Rainério) de Pisa, Peregrino (+1160), 17 de Junho

Padroeiro de Pisa, Itália, São Raniero (ou Rainério) nasceu em Pisa e viveu no Sséculo XII. Levava vida fútil, cheia de vaidades e entregue aos prazeres. Era músico, tocador de lira.
Um dia encontrou-se com o monge Alberto Leccapecore, homem de Deus. Esse encontro levou-o a repensar sua vida e mudá-la radicalmente. Recolheu-se, então, a uma vida solitária e penitente. Sem comer e em contínuos prantos, acabou por ficar cego, mas obteve de Deus a graça da própria cura. Por inspiração divina partiu para a Terra Santa como mercador. Alimentava-se apenas duas vezes por semana e entregava-se a rudes trabalhos.
Teve, então, uma visão em que as jóias de sua bolsa se transformavam em enxofre e ardiam em chamas. Uma voz explicou-lhe o sentido da visão, dizendo que a bolsa era seu corpo; o fogo e o enxofre, a sua vida fútil. Como peregrino, visitou os Lugares Santos e passou 40 dias no deserto, jejuando como o fez um dia Jesus.
De regresso a Pisa, ingressou no mosteiro de São Guido, levando vida simples. Morreu em 1160.

Fontes:
http://www.evangelhoquotidiano.org/main.php?language=PT&module=saintfeast&localdate=20110617&id=11847&fd=0
http://www.evangelhoquotidiano.org/zoom_img.php?frame=52908&language=PT&img=&sz=full